dentro do silêncio a lira chora
e o coração bate em arco seco
medindo os atalhos os timbres.
ao tempo o gado recolhe preso
vertendo os cascos no solo seu
unindo-se à noite ao estábulo.
no chão em lume um corpo
deita-se nas folhas no claustro
junto à voz da terra da pedra.
um frémito inunda a página
e as cidades dentro das veias
lembram o espaço sitiado.
não há laje que a luz não fenda
nem fungos dentro da sede.
2007-02-07
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8 comentários:
outro.
outros-
sempre.
re.obrigada.
(avec le temp)
belíssima esta sede.
.
ficamos com sede de mais palavras.
vou levá-lo comigo. se me permites, vou publicar
Bjs
"não há laje que a luz não fenda..." sim, o poder enebriante do quero, posso, logo existo...breve...
Bjs.
Belo e profundo poema. Obrigado e abraço...
"não há laje que a luz não fenda..."
pois não Martim...
porque a sua Luz .... ....é penetrante.
boa noite.
I.
Sede a nossa... Abraço.
claro, susana, e agradecido fico. bjos e abraços.
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