2007-01-08

uma história de amizade

A história desta amizade não acaba aqui. E, no entanto, cada acrescentamento é um dito sobre o tempo e os seus labirintos. Lembro de então um poeta nascente, acompanhado por pares, Gil e Arede, por exemplo, e por que não, por mim, em ritmo dual então escrito depois de zut! e outras incisões.
Depois, veio a separação e a velha fronteira do liceu “contra” a universidade. E nem por isso a transmutação, a tensão separativa ou a sobranceria académica. Apenas um caminho fazendo-se entre o trajecto contra-estatuário, dilucidando Pessoa e as máscaras escarnecendo no espúrio academismo.
Um dia o poeta falou de barca d’ alva e a Viseu voltou , regressando à condição beirã, à velha pele. Crescendo na boca, também aquele vinho sabendo a urze, antes das Laceiras e do rito fonsequiano, lembras?
O exercício intelectual veio sendo coonestado pelos melhores nomes, na ciência fazendo-se em central energética: quem assim na forma breve, nas derivas significantes e nas pedras angulares da cultura, mesmo que marginadas ou mal conhecidas?
Um dia os dias felizes serão assim, directos, dádivas sem fronteiras, libertando-se. E mais não digo sobre esta “lâmpada de arco” que não acaba de nos iluminar.

2 comentários:

Susana Barbosa disse...

... bonita história de amizade. algo em extinção... a abraçar, portanto.
Bjos

Anónimo disse...

Vivam então os dias iluminados!!! Abraços!!!