as palavras caem rente aos olhos
esfacelando o rosto a densa pele
e sem margem o limo e o vento
dispersam-nas no peito límpido
como alicerces dentro da chuva.
os diques da noite rebentam-te
as sílabas no meio dos dentes
e os incertos fonemas correm
voluntários como as ânforas
partidas nas escondidas fontes.
dos lábios o dique a água pende.
2007-01-25
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11 comentários:
Boa água...
bons alicerces....
bj. Martim.
Ysa.
"as palavras...dispersam-nas no peito límpido"...
parafraseando o poeta, "virgíneas tetas imitando"
Gostei muito do que saiu destas "ânforas partidas".
Quanto vale uma lágrima? Qunto se diz ou se perde numa sílaba?
Bjs. Boa semana.
Desculpa...Quanto
este o dique/oceano onde me escondo. hoje. e para sempre.
beijo.
As águas da poesia continuam imparáveis aqui. Abraço!
continua-se bem...por este céu!
boa-noite martim
:ainda ao redor da boca:
assim
exp
-loras
o dia-
fragma
!
aquele abraço
as palavras como as lágrimas....
jocas maradas sem margens
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