2007-01-18

criação

depois do verso talvez o silêncio
cubra a parte íntima do breve fogo
e refresque a explosão das espadas
fundas bem dentro das vísceras.

o olhar então repousará no fim do cansaço
escavando com arpões a pele rugosa.

e nas mãos há agora um pequeno deus.

4 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

o mesmo deus que lhe põe asas nos dedos????


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beijo.



(porque escreve assim Martim?

Vítor Amado disse...

Gosto...como acontece quase invariavelmente.
a tua poesia merece mais que vaguear pelos blogs.
Já mereces coisa mais etérea.
abraço

martim de gouveia e sousa disse...

escrever assim, isabel, é-me. escrever diferentemente é que me seria difícil. obrigado, isabel. bjo.

Su disse...

jocas maradas de mãos