nem sombra silenciosa sobre a mesa.
o odor do chá arruma na toalha azul
a primeira ausência as fundas raízes
e afasta as mágoas os gumes fundos.
um corpo evola-se então contra o rosto
amanhando a tábua da mesa profundo
e sem cansaço os remos avançam dentro
rompendo sem freio a fonte e a fraga
dando-se inflamados à saliva ao fogo.
como animal baleado os músculos cedem
mar tocando os céus dentro da boca.
2007-01-03
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9 comentários:
o encanto da poesia!
Martim, este poema é fogo! ...
Que hard...
não comento.
não sei.
parto.
levo.
os gumes.
os céus.
Fico a reler...
Vim aqui parar através das teclas de um "piano" e em boa altura o fiz!
Fiquei "banzado"!
Fogo!!!!
Palavras em labaredas que aquecem qualquer ser em olhar de espanto
pelo calor que delas emanam.
Adorei!
Um abraço e bom ano novo!
Um bom ano, com inspiração.
... não há limite para os céus... sendo o céu o limite em si mesmo, Martim. assim. mesmo nos lugares de fogo!
beijo
Espectacular mesmo!.........
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