os secos lábios sorvem a noite fria
e nem os dedos dentro da cinza
auscultam os passos da morte
presos aos umbrais das nuvens.
a tontura cessa e o gelo cristalino
irrompe pela frincha dos pulsos
inundando o chão as sombras.
no ondulado dos lábios queimados
gritos lancinantes dormem ainda.
longe o albanil regressa do mar
e pousa na anca no ventre moído.
entre um corpo e outro nasces então.
2007-01-23
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12 comentários:
boa-noite martim
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BELO
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[e sim: natal é quando um homem quiser
abraço
diria que irromper assim por um qualquer natal é queimar toda a geografia. e ainda bem.
alegoricamente este é um presente de claridades.
beijo Martim.
De outra forma fez-me pensar num poema do Rodrigo que termina, cito de cor, ajoelhemos os três em presépio.
Úm abraço
Feliz natal... Abraços!
tás inspirado.como sempre.o poeta tem razão.é natal.
abraço
Bonito poema também de natal...
Grande natal...
Abrir os olhos para a vida, recomeçar, renovar, mas porquê nascer? não há memória de morte que justifique um nascimento daquele que já é. Mas valeu o poema e assim sendo, vale a pena o parto! (...)
Ah, esta música... que é?
querido/a anonymous, a música é dos blur.
Querida, but never mind, let blur be! What song, if I'm not boring you...?
Poema nascendo sempre. Abraço da margem.
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