Anunciado que estava um colóquio na Sorbonne, lá para Abril, a ele dedicado - o primeiro a incidir sobre um nome só -, eis que António Lobo Antunes é galardoado com o prémio Camões. Evoluindo para um hermetismo poético indesmentível, o romance de Lobo Antunes, de fisicidade anormalmente extensa, talvez afaste alguns potenciais leitores. Sem denegação das altas esferas univocais criadas, penso que a sutura com o leitor se poderá fazer, por exemplo, a partir de As Naus, publicado há quase 20 anos. Sem obstáculos tecnicistas, a leitura corre até ao fim. Prepare-se o leitor, que temos em Antunes o próximo Nobel português.
Mircea Eliade publicou mais de 1300 títulos e passeou pela cidade de Viseu, como há muito aqui se disse, a respeito do Diário Português e não só. Alguns jornais não esqueceram o centenário do nascimento do intelectual romeno nascido, em Bucareste, a 13 de Março de 1907. É bom que assim tenha acontecido e que não se esqueça a relação placentária do escritor com o nosso país, tanto mais que Eliade por cá escreveu algumas das suas obras.
Vasco Pulido Valente é um fulgurante escritor. Há pouca gente assim certeira e codiciosa. A crónica de hoje, saída no Público, interroga as qualificações dos qualificadores. Nesta sanha persecutória, classificadora e pontuadora, talvez o tiro lhes saia pela culatra. Vendo a forma como alguma gente com responsabilidade irresponsavelmente oculta ou altera o currículo, conclua-se mesmo que já saiu. Esperemos, até porque, como o defendia Baudrillard, a verdade em que vivemos é relativa e definida por poderes escondidos.
7 comentários:
pois martim
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lobo antunes: a aranha-mestra e sua teia
abraço
futuro próximo. espero.
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bom diA Martim!!!!!!!
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beijo.
Destaco a visão cáustica e certeira do Vasco. Abraços.
Qdo se esta longe e bom ler isto! Um abraco
Boas escolhas...
Lobo Antunes, o próximo Nobel (português)?! ih ih ih!!!
Abraço.
O Lobo Nobel e português?! ah! ah! ah!
Abraço.
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