em março iniciaria este poema
com a dor do inverno nos ossos
e o metal fundente dos poderes
arruinando os pulmões as aves.
ao segundo dia arrumaria a mesa
e o espelho das louças não mais
encostaria às pratas e aos cristais.
ao terceiro na paisagem um veleiro
escreveria certa a epopeia de lisboa
os gritos indeclináveis pela tarde
e a rouquidão descendo pelo combro.
hamlet como em baptista viria ao poema
como a nostalgia e o incêndio de nova luta.
mas para o lugar só uma elegia desesperada.
2007-03-02
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6 comentários:
e de novo neste lugar----SEMPRE.
re.chego.
AO INCÊNDIO....
BEIJOS.
E SAUDADES.
Texto bem evocativo de um tempo outro e perdido...
belo texto.
bom fim de semana.
abraço
Qual elegia desesperada que anuncia essas aves que virão...quero o veleiro e quero arrumar a mesa...
Bjs. É sempre revigorante passar aqui, cada vez mais!
Concordo com o que atrás se disse...
hum..............obrigada Martim...
de novo....na música....:))))))).
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