2007-03-14

com o vento

em agosto o canyon a sede
uma língua quente o oeste
e as bailarinas nas veias
céleres devorando o sangue
na mesa escorrendo os frutos
como no tempo antiquíssimo.

ardente a velha morada os amores
declinam então sobre o absinto e
da rebentação do estio as aves fogem
como em desfilada as teclas no corpo.

agora sei que virei com o vento
súbito como o perfume das flores.

10 comentários:

Bandida disse...

ardem assim as palavras. em moradas de vento.

belíssimo!


beijo


B.
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isabel mendes ferreira disse...

oh Ave....ave ave....




ave do meu perfume!!!!!!!!!!!!!!!!!



beijo.




______________


Martim!

Anónimo disse...

Está dito: belíssimo!...

veritas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
veritas disse...

Com o vento venham os murmúrios desses desejos almejados, mesmo que velados pelo toldo da inconsciência, entre desejos afaguemos com o olhar sedento essas aves que expectamos...

Bjs.

lourenja.blogspot.com disse...

gosto disto
abraço

porfirio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
porfirio disse...

boa-noite martim
..
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..............
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...................
.....................
.aos amores. ao perfume.

grnd abraço

Anónimo disse...

Grande poema perfumado... Abraços!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Momento alto, igual a muitos, felizmente, aqui neste lugar de sede. Abraço!!!...