2007-03-31

Descobertas aguarelas de Galileu sobre a lua


regresso

por exemplo: os dedos
as roupas semeadas
debaixo dos olhos
os lábios sangrando
para dentro do rio.

e de súbito então
pela nesga da janela
beijo-te demorada-
mente contra o vidro.

a ti voltei como à praia
a espuma e as ondas.

mas disto nada sabes.

2007-03-30

Homília de D. Manuel Clemente na celebração de entrada na Diocese do Porto


Bispo para trabalhar pelo triunfo do bem

Homilia de D. Manuel Clemente na celebração de entrada na Diocese do Porto

.
HOMILIA DA ENTRADA NA SÉ DO PORTO
25 de Março de 2007

A minha primeira saudação dirige-se neste momento ao Santo Padre Bento XVI, que me enviou à Diocese do Porto, para a servir como bispo, na comunhão da Igreja universal.
Em.mo e Rev.mo Senhor Cardeal-Patriarca de Lisboa, mestre e amigo de tantos anos, a quem nunca poderei agradecer bastante. Ex.mo e Rev.mo Senhor Arcebispo Primaz e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em cuja metrópole agora me insiro, reforçando a nossa colegialidade. Ex.mos e Rev.mos Senhores Bispos que integram o ministério episcopal do Porto, com especial referência ao Senhor D. João Miranda Teixeira, que tão generosamente assegurou a administração apostólica da Diocese. Ex.mos e Rev.mos Senhores Arcebispos e Bispos de Portugal, irmãos de todas as horas no serviço comum das Igrejas da nossa Pátria.
Excelentíssimas Autoridades públicas aqui presentes, do Estado, Consulares, e das Autarquias, administrativas, judiciais, académicas e militares ou de segurança: para todos a minha saudação respeitosa e a garantia de colaboração sincera em tudo quanto respeite ao bem comum da sociedade que servimos.
Caro presbitério diocesano, secular e religioso - começando pelos Senhores Vigários gerais e episcopais, o Il.mo e Rev.mo Cabido desta Sé e -, com quem agora formo um só corpo pastoral, na variedade das suas aplicações e na unidade sacramental que nos torna presença viva de Cristo Pastor no meio e ao serviço dos crentes.
Estimados diocesanos do Porto: caros diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, membros dos institutos seculares e todos os consagrados; fiéis leigos que fazeis frutificar o vosso Baptismo e Confirmação em múltiplas maneiras de testemunhar o Evangelho de Cristo, da família à sociedade, da vida profissional à cultural, da caridade às missões, pessoalmente ou agregados, em quantos grupos, associações e movimentos o Espírito suscita e alimenta, da Igreja para o Mundo.
Amigos de sempre, sacerdotes, diáconos, seminaristas, consagrados e leigos, do Patriarcado e de outras Dioceses, que quisestes vir aqui, para de algum modo me oferecer à Diocese do Porto, qual fruto também da vossa amizade de tantos anos e do vosso estímulo de tantas horas.
Todos vós, cristãos ou de outros credos, crentes ou porventura não-crentes, que aqui vos encontrais no que posso desde já considerar um exercício de amizade, a que me sinto deveras reconhecido e obrigado:

Ao iniciar o ministério na Diocese do Porto, atinge-me compreensivelmente o sentimento forte de veneração e respeito por tudo o que aconteceu de nobre e sublime na longa série dos seus episcopados. Diocese antiga, precedeu e acompanhou a história portuguesa, dando-lhe por vezes os nomes mais expressivos e proféticos: não nos faltarão ocasiões e efemérides, para os irmos lembrando especificamente, tão importante é reter a vida vivida, para inspirar a que se há-de viver. Deu-lhe, mais constantemente, a garantia da fidelidade eclesial dos seus sucessivos pastores. Entre eles, quero homenagear aqui as venerandas figuras dos meus imediatos antecessores, os Senhores D. Júlio Tavares Rebimbas e D. Armindo Lopes Coelho, cuja saúde e vida Deus guarde e acrescente, para benefício de todos quantos havemos de lucrar muito com a sua acumulada experiência e comprovada sabedoria. Particularmente ao Senhor D. Armindo formulo votos – que são de toda a Diocese – de boa recuperação.

Episcopados coevos de pujantes manifestações do Espírito de Cristo, carismáticas e institucionais, em multiplicadas obras de evangelização, culto e caridade. Tem sido esta Diocese, ao longo dos tempos, berço ou palco das mais diversas realizações apostólicas, de clérigos religiosos ou seculares, de vários tipos de vida consagrada e de inúmeros leigos, por si ou associados. Por toda a larga e densa Diocese portucalense, quase não há localidade em que uma rua, uma instituição, um monumento, ou a memória vida dos habitantes não lembre uma realização evangélica com redundância social ou cultural, artística ou genericamente filantrópica.
É a esta Diocese que a vontade do Santo Padre me trouxe agora, para servir a inesgotável obra do Espírito Santo, que assim fecunda a Igreja, ao serviço duma Humanidade de que Deus não desiste nunca. E só por saber que a obra é divina, me atrevo eu a juntar o nome à evocada série dos seus prelados e a quantos, clérigos, religiosos ou leigos, constituem a Igreja do Porto, louvando a Deus e servindo os irmãos.

Deus não desiste nunca de criar e recriar o Mundo, quer nos corações, quer na prática social. Há muito que teríamos desistido nós, se não fosse assim. Em cada construção da paz, que é obra da justiça - distributiva e pedagógica, mesmo quando corrige -, em cada compromisso solidário e generoso, há desgastes, decepções e feridas que precisam de um ânimo maior do que as disposições momentâneas e as boas intenções. Por vezes, os temperamentos fortes ou os ideais mais empolgantes podem garantir alguma persistência mais. Mas para seguir sempre, e, sobretudo, para não desistir de ninguém, é comprovadamente necessária a participação no coração divino, onde cabemos todos como filhos, donde renascemos sempre como dádiva.

Reconheçamo-lo, então, para podermos prosseguir, sobretudo num tempo tão rarefeito como o nosso. Chamam pós-moderna à sensibilidade dominante nas últimas três décadas. Caracterizam-na como fruto de grandes decepções ideológicas e concentração no momentâneo e imediatamente gratificante. Algo como vigorava entre pagãos, quando o Cristianismo nasceu: “comamos e bebamos que amanhã morreremos…”. Neste ambiente, o pensamento é débil, os valores são frágeis e as práticas inconsequentes. Sem maniqueísmos, podemos reconhecer razões neste modo de sentir e estar, arredio e desconfiado em relação a grandes discursos e propaladas meta-narrativas, que tantas vezes camuflaram desígnios obscuros e causadores de grandes males. Mas não é difícil concluir que, se ficamos apenas com desconfianças e impressões, não faremos nada de futuro, enquanto crentes e cidadãos. Como se escrevêssemos na água…

Não na água, mas na areia, escrevia Jesus então, como quem dava tempo aos interlocutores para lerem nas próprias consciências; aí mesmo, onde Deus deixou uma lei inapagável, na qual a dignidade de todos e de cada um realmente se garante.

Traziam-lhe uma mulher surpreendida em adultério, queriam que Jesus apoiasse um castigo mortal. E o mais surpreendente nem será depois a atitude serena e lúcida do “mestre”, que os obriga em consciência a desistir de tal castigo. O mais surpreendente será sim a frase final com que Jesus a envia: “Vai e não tornes a pecar”.
Aqui, efectivamente, ultrapassa-se toda a medida humana, ainda que larga e generosa. Aqui manifesta-se a grandeza de Deus, que pode ordenar o que só divinamente é possível: “Não tornes a pecar!”. Aqui se reconstrói a vida, na ordem e no poder de Cristo, tantas vezes demonstrado a partir de então: “nós somos testemunhas destas coisas” e o Cristianismo é tudo o que há de mais factual, prático e comprovado, nesse sentido recriador e ilustrativo de que Deus é a permanente juventude do Mundo.
Irmãos e amigos, a Igreja de Cristo existe no Mundo e para o Mundo como sinal e activação desta novíssima graça, que reconstrói vidas e relança caminhos, a partir do poder de Deus. Temos nos altares inúmeras figuras – ainda assim muito menos do que as 144 000 que o Apocalipse nos mostra no Céu - , que antes de serem obras de arte nossa, o foram da divina graça, moldando corações antes de talhar imagens. Fraquejou Pedro, a graça fê-lo mártir; de muitos males padecia a Madalena, a graça fê-la “apóstola dos apóstolos”; distraíam-se as juventudes de Francisco de Assis ou de Carlos de Foucauld, a graça fê-los santos e profetas das suas épocas; descrente era Edite Stein, a graça fê-la doutora da Igreja e mártir de Auschwitz, pelo e com o seu povo… - E a todos nós, neste Domingo de Quaresma e conversão, que fez e faz a graça de Cristo, senão levantar-nos a uma vida mais alta, digna, pura e solidária?! E a todos nós, que nos dizem e transmitem continuamente cada pregação, sacramento e obra de caridade, senão a possibilidade de persistir no bem e, mais ainda, de começar de novo?!

Irmãos sacerdotes e diáconos, estimados consagrados e seminaristas, caríssimos leigos e todas as pessoas que a boa vontade e a cortesia hoje reúne nesta vetusta e insigne catedral portucalense: só desta realidade vivemos e só para a difundir existimos como Igreja, na variedade dos carismas e ministérios em que Deus nos queira. Existimos e trabalhamos, em cada comunidade paroquial ou religiosa, em cada família, movimento ou associação, em cada empenho profissional ou cívico, para manifestar o incansável recomeço e o verdadeiro progresso que todas as coisas legítimas e necessárias podem e devem ter a partir do poder de Deus. De Deus, que não desiste nunca de levar por diante uma criação cujo potencial está muito longe do esgotamento, antes se apresenta promissor e exaltante, como o sabem os profetas e o atestam os verdadeiros crentes.

Não peça o Mundo à Igreja outra coisa senão esta, a luz e a graça de Cristo para o triunfo do bem. Entregam-se e aplicam-se vidas sacerdotais inteiras – e como as havemos de pedir sempre e mais ao “Senhor da messe”! -, pregando o Evangelho, administrando sacramentos, alargando a caridade, unicamente para dar à sociedade, com a graça de Cristo, a força e o estímulo do que ela há-de ser toda, como fraternidade e partilha. Aplicam-se os ministros da Igreja e os leigos no Mundo em idêntico afã, para que se comece a experimentar aquela verdadeira convivência, a que Jesus chamou “Reino de Deus”!
O Papa Bento XVI percebeu agudamente que esta é a única oportunidade para a Igreja, para o Mundo e para a conjugação positiva de ambos nos nossos dias. Por isso não hesitou em escrever as seguintes palavras, que devemos reter de cor e nos sobram como programa: “Toda a actividade da Igreja é manifestação dum amor que procura o bem integral do homem: procura a sua evangelização por meio da Palavra e dos Sacramentos, empreendimento este muitas vezes heróico nas suas realizações históricas; e procura a sua promoção nos vários âmbitos da vida e da actividade humana. Portanto, é amor o serviço que a Igreja exerce para acorrer constantemente aos sofrimentos e às necessidades, mesmo materiais, dos homens” (Encíclica Deus caritas est, nº 19). Não nos peça outra coisa o Mundo; mas, isto mesmo, havemos obrigatoriamente de lhe dar.
Serviço de renovação constante de “todas as coisas”, pela graça divina, que já prometia Isaías aos exilados do seu tempo, falando em nome de Deus: “Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a acontecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida!”. Horizonte infindo de realização e de ser, como escutámos depois a Paulo, já possível pela caridade de Cristo, em quem Deus se demonstrou e prometeu: “Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus”.

Aqui nos reencontramos sempre, irmãos e amigos, no que herdamos e no que temos para oferecer a todos os que connosco compartilham a aventura humana: um horizonte largo e uma graça garantida, para começar, recomeçar e persistir. Assim está Cristo hoje, como naquele dia em Jerusalém, diante de toda a impossibilidade humana, sobretudo nas nossas contradições e limites, sejam quais forem e de que ordem forem, física, moral, social ou espiritual. Está connosco, como a Igreja o sabe, testemunha e oferece.

É nesta realidade vastíssima e empolgante, que se sucedem as gerações e os ministérios eclesiais, como acontece aqui e agora. Para que em tudo se realce e manifeste unicamente e sempre a bondade do Pai, a proximidade de Cristo e o poder do Espírito!

+ Manuel Clemente

2007-03-29

"A proposta cristã para o homem de hoje" - encontro com o Padre Julián Carrón


Caros amigos:

Convido-vos a todos pessoalmente para ouvirdes o Padre Julián Carrón, Responsável do Movimento Comunhão e Libertação (CL) a que pertenço, na próxima sexta-feira, no Cinema S. Jorge, às sete e meia da tarde.

Não é um mero aviso; é mesmo um desejo de vos ver lá.

A razão é simples: como disse o cardeal Ratzinger nos 50 anos do CL, o cristianismo não é uma doutrina, mas um encontro com uma pessoa, de que nasce uma amizade e uma cultura.

É este o método cristão: ir e ver e ouvir.

Foi assim que aconteceu comigo.

Vale a pena ouvir “a proposta cristã para o homem de hoje”; para mim, nela está o segredo da nossa humanidade. Possuir este segredo é viver a vida até ao fundo!

Um abraço amigo e até sexta-feira

Pedro Aguiar Pinto

2007-03-28

E três anos passaram...



«Campa de herói»

O muro,
Uma árvore
E o murmúrio
Do mármore...

In "PARALELO 26 S ÀS AUDIÇÕES DO ÍNDICO"

2007-03-27

fragor

longe está o fio fundo do inverno
e a memória dos cardos não fere
sempre que dentro do sono ardes
como uma bela viajante do sangue.

no crepúsculo os dentes são espigas
fogueiras que se erguem na carne
como maduras as uvas contra o sol.

que peito aberto assim sem cerca
ou arame inundando o fundo do abrigo?

2007-03-26

moonspell: o lugar do fogo

Fernando Ribeiro por martim de gouveia e sousa [Incrível Almadense, 2007]
mineral o fogo arde. eis o perfil
das trevas. nos lábios as cordas
vibram. húmidos os dedos o mar
levam-te pela noite brilhante.
e então és caligraficamente assim:
uma ilha azul irrompendo das chamas.

2007-03-23

lume breve

na colina um corpo a pupila sinuosa
fende a cal os caminhos silenciosos
e derradeiramente trémula a mão
colhe as espigas do verão os lábios
húmidos tocando os dentes longos
brancos archotes dentro da estação
como se o fumo dentro da chaminé
anunciasse a pele o melhor vinho.

ferida dentro os cabelos e o mistério.

2007-03-22

estranheza

que ferida afinal sereia canto ou teia tua
se não voltares à mansão ao mesmo cálice?

2007-03-21

Parents urged to read to children


Parents and children
Fathers particularly are urged to spend more time with their children
Parents are being urged to read more to children as part of a new government parenting strategy in England.

Those with literacy and numeracy problems will be offered help as their children start secondary school. Family learning courses will be tried out.

Parents are also urged to play a bigger role in their child's education, under the Every Parent Matters strategy.

Education Secretary Alan Johnson said parenting had been a "no go" area for government but more people wanted help.

He cited figures suggesting three quarters of parents would like advice on bringing up their children.

It's what parents do, not who they are, that makes the difference
Alan Johnson

Setting out the new strategy, Mr Johnson said one of the most important things a parent could do to boost their children's chances was to read to them.

"Simple, yes - but in a busy world it doesn't happen enough.

"Thirty per cent of parents don't read regularly with their children - a vital but missed opportunity to boost their children's development.

"We watch an average of four hours television a day. If we read to children for just a tenth of this every day, we'd give their chances a massive boost."

A National Year of Reading to start in 2008 would, he hoped, bring about another "step change" in attitudes to reading for purpose and pleasure.

This would be aimed at everyone from toddlers to grandparents, and avid readers to the less enthusiastic.

Fathers targeted

"Reading opens up a world of opportunities and books are the foundation on which we can build other learning.

"Reading should be a source of pleasure in itself, as well as an essential support for increasing the life chances of children."

Extra advice and support is also being offered to parents with numeracy and literacy problems, encouraging them to participate in learning activities with their children.

Local authorities will be trained to offer advice sessions to parents whose child is entering primary or secondary school, which in turn will be urged to set up Parent Councils to give parents more of a voice.

And more parents of children identified to be at risk of developing behavioural, emotional or social difficulties will be supported through early intervention projects run through extended schools.

The strategy urges fathers, and working parents, to be more involved with their children.

Activities that are offered to working parents outside office hours are also given prominence.

The role of fathers in particular has been the subject of much media attention in recent weeks after a number of young people were killed in gun and gang violence.

Schemes highlighted by Mr Johnson include one where fathers work with their children on allotments, visit sports facilities or take part in music projects.

Mr Johnson said the parenting strategy had to be "bias-free", adding: "It's what parents do, not who they are, that makes the difference."


petição "Deus e a Europa"

foto de www.olhao.web.pt (Igreja da Fuseta)

Caros amigos,

Comemora-se a 25 de Março o 50º aniversário do Tratado de Roma. Será a ocasião para diversos movimentos afirmarem as suas posições pan-europeias a respeito de matérias de interesse comum. Pede-se a todos os cidadãos que, identificando-se com o seu teor, assinem a petição electrónica a seguir indicada, a qual comunga do essencial do espírito da petição «Deus e a Europa» a favor duma referência à matriz cristã no preâmbulo da Constituição Europeia.

http://www.petitiononline.com/eurochhe/petition.html

Alguns pontos importantes:

Faltam 12 dias para encerrar a petição.

Bastam 30 segundos para ler e assinar.

O sistema garante a confidencialidade total do endereço de email indicado ...

Instruções detalhadas para ler e assinar a petição:

1) Abrir num qualquer browser o endereço: http://www.petitiononline.com/eurochhe/petition.html e ler o conteúdo

2) Se concordar, clicar por favor em Sign the Petition

3) Na página que aparece, preencher os campos:

- Name - nome do subscritor

- Email address - endereço de email

- City - cidade (facultativo)

- Country - país (facultativo)

4) clicar em "preview your signature"

5) na página que entretanto abrir, clicar em "approve signature"

Se o email indicado for válido, receberá um email de confirmação da validade da sua assinatura

(agradece-se a distribuição/tradução deste apelo à escala europeia)

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Dear friends,

Next 25th March the Treay of Rome will celebrate 50 years. On that occasion, several movements plan to affirm their pan-european positions. We thus ask all citizens of Europe to sign the following electronic petition if they agree. This petition follows the essential spirit of «God and Europe» recent petition in favour of a reference to Christian heritage in the European Constitution.

http://www.petitiononline.com/eurochhe/petition.html

Please note:

We have no more than 12 remaining days until our deadline

You'll take no more than 30 seconds to sign it

The "petitiononline" system fully assures email confidenciality (you can always put a non-valid email - the only thing is you won't the automaticconfirmation response)

You may follow these complete filling instructions:

1) In your web browser, please go to the address http://www.petitiononline.com/eurochhe/petition.htmland read the petition contents

2) If you agree, please click at Sign the Petition

3) On the new web page, fill the fields:

- Name - your name

- Email address

- City (optional)

- Country (optional)

4) click at "preview your signature"

5) a confirmation page opens - click at "approve signature"

(please pass/translate this message throughout Europe)

"Manobra perigosa"



JOVENS PROFISSIONAIS CATÓLICOS

EXIBIÇÃO DO FILME “MANOBRA PERIGOSA”

A associação Jovens Profissionais Católicos tem a honra de convidar V. Exª para a exibição do filme “Manobra perigosa”, seguida dos comentários do Padre Mário Rui Pedras, Prior de São Nicolau.

Este filme é ideal para a Quaresma, para um tempo especial de conversão interior. Com belíssimas interpretações de Samuel L. Jackson e Ben Affleck, esta película, decorrida durante um só dia - a Sexta-Feira Santa - retrata a conversão interior de dois homens, que, em confronto, da raiva e destruição passam para a dádiva e redenção.

Local/data: Igreja de São Nicolau (sala grande), no dia 21 de Março (4ª feira), pelas 21h15m

Duração: Filme (1h30m) e comentários (15 minutos)

Entrada livre


2007-03-19

Convite a Pais e Educadores

«Sobre a relação educativa adolescente-família […] Não é justo que os pais tenham medo, a partir dos 14-15 anos, mas também cada vez mais cedo, de propor com firmeza as suas ideias fundamentais aos filhos. Não é justo que os pais se abstenham de dá-las por causa dum conceito de liberdade mal entendido…»

«As pessoas lamentam-se, com frequência, que os jovens não são construtivos: mas o que construir, e sobre que base? Um estudante de liceu dizia aos seus colegas: “Mandam-nos estudar uma infinidade de coisas, mas nunca nos ajudam a compreender o sentido dessas coisas e, assim, parece que falta uma razão para nos fazerem estudá-las.”»

«O objectivo da educação é formar um homem novo. Por isso, os factores activos da educação devem tender a fazer o educando actuar cada vez mais por si próprio e cada vez mais ser capaz de enfrentar o ambiente.»

«O desenvolvimento da autonomia do jovem representa, para a inteligência e o coração, e também para o amor-próprio do educador, “um risco”.»

A Associação Mais Família, em parceria com a Fundação Maria Ulrich, realiza uma Escola de Pais com início a 31 de Março. Data dos encontros: 31 de Março, 14 de Abril, 21 de Abril e 29 de Abril (sábados) às 10h30. Programa, local e preço em anexo.
Inscrições e informações:
Por e-mail: maisfamilia@oninetspeed.pt
Internet: www.fmu.org
Por telefone: 91 921 44 80

mais família
Associação para a defesa e promoção dos direitos da Família

2007-03-18

uma semana de prazer

Anunciado que estava um colóquio na Sorbonne, lá para Abril, a ele dedicado - o primeiro a incidir sobre um nome só -, eis que António Lobo Antunes é galardoado com o prémio Camões. Evoluindo para um hermetismo poético indesmentível, o romance de Lobo Antunes, de fisicidade anormalmente extensa, talvez afaste alguns potenciais leitores. Sem denegação das altas esferas univocais criadas, penso que a sutura com o leitor se poderá fazer, por exemplo, a partir de As Naus, publicado há quase 20 anos. Sem obstáculos tecnicistas, a leitura corre até ao fim. Prepare-se o leitor, que temos em Antunes o próximo Nobel português.



Mircea Eliade publicou mais de 1300 títulos e passeou pela cidade de Viseu, como há muito aqui se disse, a respeito do Diário Português e não só. Alguns jornais não esqueceram o centenário do nascimento do intelectual romeno nascido, em Bucareste, a 13 de Março de 1907. É bom que assim tenha acontecido e que não se esqueça a relação placentária do escritor com o nosso país, tanto mais que Eliade por cá escreveu algumas das suas obras.


Vasco Pulido Valente é um fulgurante escritor. Há pouca gente assim certeira e codiciosa. A crónica de hoje, saída no Público, interroga as qualificações dos qualificadores. Nesta sanha persecutória, classificadora e pontuadora, talvez o tiro lhes saia pela culatra. Vendo a forma como alguma gente com responsabilidade irresponsavelmente oculta ou altera o currículo, conclua-se mesmo que já saiu. Esperemos, até porque, como o defendia Baudrillard, a verdade em que vivemos é relativa e definida por poderes escondidos.




2007-03-17

"Álvaro, Gil e a Mortíssima", por Marcia Frazão

Quando na última sexta-feira, 9 de março, um dragão rasgou o início da noite, bufando poeira de estrelas pelas narinas, reconheci a amazona que o cavalgava: era a Mortíssima de quem Frida, em sua dolorosa saga de calos, tanto falara e representara na ponta dos pincéis.
Eram cinco horas da tarde! Lorca não se enganara. Exatamente quando os ponteiros marcavam cinco em ponto da tarde a velha senhora se apresentava, livre de qualquer atraso, de qualquer desculpa esfarrapada. Exata como uma equação matemática, pousou o dragão sobre o leito de hospital que Álvaro, meu pai, se encontrava. Não se confundiu com nomes nem solicitou à nenhuma enfermeira, informações sobre o leito.
Embora insastifeito com o local do encontro e, se lhe fosse dada escolha, preferisse o centro da praça, acatou a chegada, lembrando-se de uma canção que Gilberto Gil compôs num momento de inspiração metafísica onde afirmou a realeza solitária da Mortíssima. "Afinal, se a morte é rainha que reina sozinha, quem sou eu para reclamar do local do encontro", perguntou-se, cantarolando a canção enquanto a digníssima dama se aproximava.
Demonstrando sinais de agenda sobrecarregada por horários que desafiariam a mais requintada teoria quântico-filosófica, indiferente a dor, ao espanto e às súplicas dos doentes que por ela esperavam como se esperassem uma aplicação de morfina, a Mortíssima rainha se aproximou de Álvaro, pronta para lhe dar o mortífero beijo.
E foi nesse exato instante que os seus lábios descarnados se aguavam em gotas secas do Rio da Secura que deu-se o inesperado: dragões alados, cavalgados por poetas, heróis, filósofos, músicos, pintores, atores, juristas, anjos, santos, artistas, escritores, cantores e "gente poéticamente comum", como meu pai bem dizia, rasgaram o teto branco da enfermaria. E lá estavam, físicamente contrariando a corte solitária da rainha Mortíssima, a mãe, o filho, o pai, o irmão, as irmãs, as tias, os tios, os avós, as avós, os velhos amigos de infância de Álvaro, acompanhados por Roberto Lyra, Carlos de Araújo Lima e Sobral Pinto, seus companheiros juristas que o ensinaram a amar e praticar a justiça mesmo quando esta exigia dolorosos sacrifícios; Dolores Duran, Lupiscínio Rodrigues e Antônio Maria, companheiros de antigas noitadas pelos bares de copacabana e vielas da Lapa; Marx, Lênin, Che, Bolívar, Chico Mendes, Garcia Lorca, Pablo Neruda, Torquato Neto, Castro Alves, Fernando Pessoa, Gorki, Picasso, Frida, Rivera, Portinari, Mario Lago, Shakespeare, Maysa, Silvinha Teles, Agostinho dos Santos, e uma horda inumerável de heróis que com ele estiveram na praça que é do povo como o céu é do condor, provando - em circunstância material - que a morte só é solitária quando reina sobre os injustos e os canalhas.
Numa fração de tempo incontável e inregistrável, num último lampejo de uma lucidez que conseguira esconder do ladrão Alzheimer, Álvaro sorriu para a Mortíssima e lhe confidenciou no ouvido: "Me leva depressa porque tenho que contestar a tese do Gil."
Se entrou ou não com uma petição - amigável, que fique bem claro - isso é coisa que ficou por conta do segredo de justiça do STC (Supremo Tribunal Celeste).
A Mortíssima? Dizem os registros hagiográficos que naquele dia, contrariando a agenda superlotada, seguiu o cortejo de dragões alados e foi vista, acompanhada por ruidoso séquito, num boteco da Lapa, cantarolando as canções que Lupiscínio e Dolores entoavam, extasiada - talvez pela cerveja ou pelas palavras - com os argumentos e contra-argumentos travados entre os juristas, filósofos e poetas.
O resultado da ação impetrada no STC ainda permanece incógnito para nós, os vivos, mas rumores surgidos numa sessão espírita acontecida num subúrbio do Rio, dizem que o tribunal pegou fogo quando Pinochet, o grande canalha, trazido das víceras profundas do Diabo, declarou no banco das testemunhas, ter sido levado pela Mortíssima "sozinho como um cão danado".

Marcia Frazão

2007-03-16

transparência

para dentro dos séculos gritarás
e a vertigem devolver-te-á o som
como se pó do poço do tempo fosses
e barcos estremecendo escombros
a pique nos poros e uma varanda
só tua alagada no estuário da pele.

então amarás todos os lugares
e as pragas serão dádivas brutais.

de nada te valerá a secura o pátio
afundado em ti como esta página
cristalina suando nas tuas fontes.

2007-03-15

"Genealogias da Ilha Terceira"


Genealogias da Ilha Terceira

Fruto de 40 anos de trabalho nos mais importantes arquivos nacionais, Jorge Forjaz e António Ornelas Mendes apresentam agora, numa edição monumental, a sua investigação sobre as Genealogias da Ilha Terceira.

Começando pelos primeiros povoadores e tendo em atenção que o povoamento se foi fazendo num período de tempo alargado, os autores desenvolvem até à actualidade as genealogias de centenas de famílias que, a partir da Terceira se espalharam pelas várias ilhas dos Açores – especialmente São Miguel, Graciosa, Faial, São Jorge, e Flores – pela Madeira, pelo Continente, pela Europa, pelo Brasil e outros países das Américas.

Explorando as mais importantes fontes arquivísticas – registos paroquiais, testamentos, nomeações, chancelarias régias, Desembargo do Paço, Leitura de Bacharéis, Matrículas na Universidade de Coimbra, Santo Ofício, Ordens de Cristo, Santiago e Avis, etc., a obra distribui-se por 9 volumes que incluem cerca de 400 capítulos, subdivididos em 1.500 sub-capítulos, e mais de 15.000 notas que permitem construir biografias e descrever o trajecto de inúmeras personagens que, ao longo de séculos, fizeram a História da Terceira e, também, de Portugal. Editado pela Dislivro Histórica com o apoio da Caixa Económica da Misericórdia de Angra do Heroísmo, Genealogias da Ilha Terceira será, por tudo isto, o maior estudo de genealogia alguma vez publicado em Portugal.

O custo de subscrição da obra será de 300 euros – valor que não inclui os portes de envio – estando previstas várias modalidades de pagamento, incluindo a repartição em cinco prestações.

Pelas suas características especiais, a tiragem será praticamente limitada aos subscritores, o que a transformará em pouco tempo numa raridade bibliográfica.

Duas cerimónias de lançamento assinalarão a publicação desta obra: a primeira terá lugar nos Açores em Agosto – data em que a obra se encontrará disponível para todos os subscritores – e a segunda em Lisboa, em Outubro, em dias e locais a anunciar brevemente.

A subscrição decorrerá até ao final de Abril devendo ser feita a partir do formulário de encomenda exclusivo que prevê as várias modalidades de entrega e de pagamento.

2007-03-14

com o vento

em agosto o canyon a sede
uma língua quente o oeste
e as bailarinas nas veias
céleres devorando o sangue
na mesa escorrendo os frutos
como no tempo antiquíssimo.

ardente a velha morada os amores
declinam então sobre o absinto e
da rebentação do estio as aves fogem
como em desfilada as teclas no corpo.

agora sei que virei com o vento
súbito como o perfume das flores.

2007-03-13

"A Morte - Uma abordagem teológica do fim da vida humana na terra", pelo Padre Duarte da Cunha




Paróquia de Nossa Senhora do Carmo

e
Centro Cultural de Lisboa Pedro Hispano




Quinta-Feira - 15 de Março de 2007

21.30



A Morte Uma abordagem teológica do fim da vida humana na terra



Pe. Duarte da Cunha



No salão Paroquial de Nossa Senhora do Carmo
(esquina da Rua Raul Mesnier du Ponsard com a Av. Maria Helena Vieira da Silva - perto do Hospital Pulido Valente)




"É em face da morte que o enigma da condição humana mais se adensa" (Concílio Vaticano II). Todos experimentamos o encontro com a morte dos nossos familiares e amigos, e todos sabemos que um dia nos tocará a nós morrer. Mas pela fé também esperamos uma vida nova. O que é a morte exactamente. E que acontece à pessoa, ao seu corpo e à sua alma? Podemos esperar ver a Deus e voltar a encontrar os amigos? E porquê que é preciso morrer? Se Jesus morreu, será que isso tem alguma influência na maneira de morrer. Então como preparar a morte e como lidar com ela ao longo da vida? Estas e outras questões podem ser pensadas e a Igreja tem algumas coisas para dizer, mesmo que sejam sempre, como a vida, um mistério que só Deus conhece bem.


Padre Duarte da Cunha
Igreja de Nossa Senhora do Carmo
Av. Maria Helena Vieira da Silva 12 Ig

Sim! Amén! Aleluia! Vem Senhor Jesus...

Colóquio “Bioética e Bem-Estar Animal II: bem-estar dos animais criados para consumo humano”


Colóquio “Bioética e Bem-Estar Animal II: bem-estar dos animais criados para consumo humano” | 13 de Março de 2007, às 14h, no Auditório Agostinho da Silva, na Universidade Lusófona, em Lisboa

Venha assistir a este importante debate sobre os direitos e o bem-estar dos animais de quinta e o modo como estes são completamente desconsiderados e violados quando explorados e usados como alimentos :: O acesso a este colóquio é inteiramente livre e gratuito, não sendo exigida qualquer inscrição

14h00m-14h30m: Abertura da Sessão | Clara Pinto Correia, directora da licenciatura em Biologia, Universidade Lusófona, e Laurentina Pedroso, directora da licenciatura em Medicina Veterinária, Universidade Lusófona

14h30m-15h00m: «Animais “de quinta”: o problema do bem-estar animal e o problema dos direitos do consumidor» | Augusta Gaspar, docente da licenciatura em Biologia, Universidade Lusófona

15h00m-15h30m: «Bem-estar dos animais no local de criação» | Alexandra Pereira, Médica Veterinária – Câmara Municipal de Sintra

15h30m-16h00m: «Bem-estar dos animais durante o transporte e no local de occisão» | Gonçalo da Graça Pereira, docente da licenciatura em Medicina Veterinária, Universidade Lusófona

16h00m-16h30m: Intervalo

16h30m-17h00m: «Relação entre o bem-estar animal e a qualidade intrínseca da carne/produtos cárneos transformados» | Carlos Santos e Cristina Roseiro, docentes da licenciatura em Medicina Veterinária, Universidade Lusófona

17h00m-17h30m: «O que tem realmente no seu prato? Exploração pecuária dos animais em Portugal vs. direitos dos animais e bem-estar animal» | Miguel Moutinho, presidente da Associação ANIMAL

17h30m-18h00m: Debate e Encerramento

Organização: Licenciatura em Biologia e Licenciatura em Medicina Veterinária da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa

Em Setembro e Outubro de 2006, investigadores da ANIMAL trabalhando sob disfarce tiveram, pela primeira vez em Portugal, acesso privilegiado a diversas unidades agro-pecuárias dos distritos de Lisboa e de Leiria, conseguindo observar, filmar e documentar a maneira miserável e cruel em que vacas, vitelas, porcos, leitões, frangos, galinhas, patos e perus são criados, mantidos, tratados, transportados e, por fim, mortos. Os investigadores da ANIMAL conseguiram também, numa investigação sem precedentes, entrar no mundo secreto da indústria de pêlo de coelho em Portugal, filmando as condições em que são criados, mantidos, transportados e mortos os coelhos que são criados para aproveitamento do seu pêlo – e, em alguns casos, da sua carne.
Neste contexto, este colóquio na Universidade Lusófona será uma preciosa oportunidade para trazer estes problemas a debate e para, neste debate, sensibilizar estudantes e profissionais de ciências animais e outras, assim como membros do público em geral, para aquilo que cada português que não seja vegetariano tem realmente no seu prato – o resultado de uma longa e tortuosa agonia.

Veja os vídeos e leia os relatórios resultantes destas investigações em www.TVANIMAL.org.

O Estado-polícia


O Estado-polícia
10.03.2007, Vasco Pulido Valente, Público.

Salazar despachava diariamente com o director da PIDE. Caetano não despachava com o director da PIDE/DGS. Durante trinta anos de democracia nenhum primeiro-ministro despachou em pessoa com qualquer chefe de qualquer polícia. Tudo isto irá mudar. Uma lei já anunciada vai pôr a PSP, a GNR, a PJ e o SEF sob a autoridade de um secretário-geral para a Segurança Interna, com o estatuto de secretário de Estado, que despachará directamente com o eng. Sócrates. Como de costume, esta organização foi copiada. Desta vez, do modelo espanhol. Com duas diferenças. Primeira, em Espanha, o "secretário-geral" está subordinado ao ministro do Interior e não ao presidente do Conselho. E, segunda, em Espanha o terrorismo da ETA e a imigração islâmica teoricamente justificam a necessidade de um único centro de comando.
Em Portugal, nenhum perigo imediato exige que as polícias passem a depender de Sócrates. Pior ainda: o SIRP, que superintende e coordena o Serviço de Informações de Segurança (SIS) e o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), dois serviços secretos, também ficará sob a tutela do primeiro-ministro. E a tudo isto, António Costa juntou dois novos meios de fiscalização e vigilância. O bilhete 4 em 1, que reúne o bilhete de identidade, o cartão de contribuinte, o cartão da Segurança Social e o cartão de utente do SNS. E o cartão que reúne a carta de condução, o livrete e o título de propriedade do automóvel.

Com estas medidas, o Governo socialista criou um novo Estado-polícia, que a Assembleia não controla e que não dá ao português comum a menor garantia de privacidade. E, se a privacidade é, como é, o fundamento da liberdade, não lhes concede mais do que uma liberdade condicional e fictícia.

Não se trata aqui do indivíduo Sócrates, que não abusará dos seus poderes. Mas da própria existência desses poderes, que nada impede um sucessor, ou mesmo um ajudante obscuro, de eventualmente desviar para fins perversos. Só que nessa altura será tarde para desfazer a máquina que hoje com tanta inconsciência e sem protesto público se anda a pôr em pé.
Claro que vivemos num mundo perigoso e é preciso coordenar as polícias. Sucede que das várias formas de coordenação o Governo escolheu a pior: a que mais reforça (e compromete) o chefe do Executivo, a que não inclui um droit de regard do Parlamento e a que deixa os portugueses sem defesa perante a prepotência e o arbítrio. O que de resto não espanta. A liberdade nunca foi por aqui muito estimada.

2007-03-12

Ciclo de Conferências


SANTOS DE LISBOA

Ciclo de Conferências

Casa Veva de Lima

21:30H

Falar de santidade hoje? Não é antes coisa do passado? A verdade é que, como tem lembrado Bento XVI, duas coisas podem fazer virar o coração das pessoas para Cristo: a arte e os santos. Olhar para os santos de Lisboa, é então o único caso em que se pode dizer, contrariando o provérbio, que fazem milagres.

Citando Nietzsche, Maria Ulrich sempre sublinhou a necessidade de superação. Não caiu no entanto no niilismo do filósofo alemão mas antes abraçou a plenitude da dimensão humana do cristianismo. “Sede perfeitos como o Meu Pai que está no céu é perfeito. Perfeito não no sentido de ser ‘virtuoso’, de suprimir defeitos que nos pertencem…mas no sentido de os sublimar e de atingirmos o máximo de que somos capazes.”

As Conferências serão editadas pela FMU.

27 de Fevereiro – Nuno Guedes – S. JOÃO DE BRITO

13 de Março – Isabel Alçada CardosoS. VICENTE

22 de Maio – Madalena Fontoura – BEATA JACINTA

12 de Junho – João César das Neves – SANTO ANTÓNIO

Outubro – Padre João Seabra – SANTOS MÁRTIRES DE LISBOA

Novembro – SAR D. Duarte de Bragança – SANTO CONDESTÁVEL

Rua Silva Carvalho, 240

1250-259 LISBOA

Tel.: 21.388.21.10 Fax: 21.383.01.35

fundmariaulrich@clix.pt

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