2006-03-24

o vidro no ouvido

o vidro encosta-se ao ouvido
como a casa aos alicerces.


só então o dia nasce
dentro do armário abandonado.


joguete nas mãos de proteu
escondo-me na lã mais íntima.


nada sei do mundo dos homens
a não ser este silêncio que me abraça.


funda é esta alegria perto de mim
e nem sequer isso adivinhas.

5 comentários:

porfirio disse...

bom dia martim

...

«funda esta alegria»
neste sábado de manhã.

...

abraço

Anónimo disse...

Poema limpo.

martim de gouveia e sousa disse...

assim, sim, kamarada spartakus. bela assunção e tocantes beijos. abraços tb.

Su disse...

gostei de ler.te

jocas maradas de palavras

Anónimo disse...

Este poema é muito bonito! Parabéns.