Foi a 28 de Março de 2004, pelo final da tarde, que a morte visitou o Poeta, nascido em 18 de Fevereiro de 1944. Fiel transmissor de valores tradicionais e perenes, Rodrigo Emílio é ainda um escritor que supera a ortodoxia com versos certeiros e alarmados. A ele voltando em suporte de papel, a breve trecho, Ave-Azul rompe o silêncio e transcreve para os seus leitores dois poemas evocativos, assim cumprindo uma homenagem obrigatória e necessária.
Patrulha
Só a custo , e a custo, escalamos a encosta.
Por muito, porém, que a Morte ronde e sonde
A Pátria, pelo menos, dá resposta
Mesmo quando já ninguém - ninguém! - responde...
*
Leito de cardo... Solidão em escombros...
Cego portão de grades impostas!
(Ajeito fardo da cerração aos ombros,
E carrego então com a Noite às costas).
Rodrigo Emílio, Paralelo 26 S. Às Audições do Índico. Líricas e Heróicas.
7 comentários:
Lembro para sempre o Grande Poeta e o seu deambular por Viseu. Viva Rodrigo Emílio!
e dos grandes se vai perdendo a memória....ainda bem que Aqui a recupera Martim...
o Poeta já carregava a noite às costas mesmo antes de o saber....bastava ver-lhe o olhar...
bjo.
Bonitos poemas! Vivam as férias!
Quem falou atrás foi a minha filha Francisca, brincando com o dia limpo. Saudações a todos.
E é da noite que nasce o dia. Boa-tarde!
e disse bem. a Francisa....:)
até Martim.
beijo.
"— E que uma lágrima me valha...!
Uma lágrima — e mais nada..." R.E.
sem palavras
jocas maradas
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