RANGEL OU O LUGAR
COMUM
Achando
codicioso despertar os 101 Dálmatas ao ritmo beat do twitter, Paulo
Rangel banalizou-se em banalidade mais do que banal. Dizendo que a agenda
europeia de Seguro é lírica Rangel nada diz que não passe pelo descuidado uso
de uma palavra que deveria ser respeitada. Mas, claro, quem não sabe da arte
lírica só poderá mostrar tacanhez e vulgaridade. E bordão é também dizer que
«Durão tem mais apetência para cargo internacional». Não nos diga, senhor
candidato!
Há, de facto,
gente com muita apetência. Di-lo, por exemplo, um Arnaldo de Matos, por
novembro de 1993: «Se um indivíduo como o Durão Barroso não hesita, contra
instruções minhas, em sanear uma professora excelente como a Magalhães Colaço,
não é de admirar que se torne depois ministro do Cavaco. Ele fez tão mal quando
esteve na esquerda como quando está na direita.»
Veremos, em
breve, para que servirá de novo a apetência de Durão. Até lá, em ritmo banal,
ouviremos Rangel e, se calhar, Assis. Mas ouviremos?
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