2014-03-11

RANGEL OU O LUGAR COMUM

RANGEL OU O LUGAR COMUM

Achando codicioso despertar os 101 Dálmatas ao ritmo beat do twitter, Paulo Rangel banalizou-se em banalidade mais do que banal. Dizendo que a agenda europeia de Seguro é lírica Rangel nada diz que não passe pelo descuidado uso de uma palavra que deveria ser respeitada. Mas, claro, quem não sabe da arte lírica só poderá mostrar tacanhez e vulgaridade. E bordão é também dizer que «Durão tem mais apetência para cargo internacional». Não nos diga, senhor candidato!
Há, de facto, gente com muita apetência. Di-lo, por exemplo, um Arnaldo de Matos, por novembro de 1993: «Se um indivíduo como o Durão Barroso não hesita, contra instruções minhas, em sanear uma professora excelente como a Magalhães Colaço, não é de admirar que se torne depois ministro do Cavaco. Ele fez tão mal quando esteve na esquerda como quando está na direita.»

Veremos, em breve, para que servirá de novo a apetência de Durão. Até lá, em ritmo banal, ouviremos Rangel e, se calhar, Assis. Mas ouviremos? 

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