[incêndio]
a água cai copiosamente nestes ombros que me exaltam
é trabalho muito antigo que me faz cão sentado no mundo
limo todos os dias as arestas do vento e as más notícias
e nu regresso ao labirinto da
casa no estertor da noite…
lesto abro todas as janelas regressando ao excesso da cal
limpo mesmo as últimas humidades a sujidade das roupas
os terrores sagrados desaparecem na ilusão das alegrias
e os caminhos afundam-se dos telhados a chuva cantante
lavando a pele as rugas luminosas os esteios da carne…
no dia vindo nascente uma fonte ázima traz a erva à boca
brancas as mãos fundem-se no chão no soalho ardem.
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