[no mundo]
e sem milagre o avanço faz-se nas águas
caminhante cego o homem humidifica-se
na sociedade canibal rende-se ou não
e quando a dorsalidade impera os líquidos
tomam-no da medula à pele em coroa:
que serias se abraçado ao instante às veias
dos interesses e às clareiras do egoísmo?
o que és assim estrangulado na matéria
de que outrora fugiste que vinho novo és?
que veias enfim libertadas se pungentes
todas as partes veem o enredo das teias?
deixa de novo que a beleza te trabalhe
abandona a pungência do encordoamento
e árduo na memória permanece intacto.
cúmplice assiste agora ao que és no mundo.
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