2012-09-09
lena
desde cedo em danzig desde longe aí
dia após dia isso estar perto do fogo
tudo fazer pelos outros as refeições
esplêndidas na mesa a gramática aí
escorrente nas folhas que escrevo
na lucidez dos vegetais nas noites
breves em que aromas e odores
ocupam a memória vertendo aqui
nestas páginas proletárias de cozinha.
derramo-me no tempo o livro urge
arde no cérebro todos os dias queima
nos dedos cresce tudo inunda em mim
e agora que o tenho há o inferno de stutthof.
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