Nada se faz sem avaliação, dizem.
Sobre o ativo laboral impende uma espada, que é a desconfiança. Outrora, bem
mais do que hoje, havia margem para o erro, para a aprendizagem, para a
reformulação, para a criatividade. Toda essa valia se transformou em cálculo,
em defesa, em domesticação, em evidência (aquilo que, afinal, se não vê, por
evidente!), em norma, em sufoco. Uma guideline
vale mais do que a diferença.
Que estranha seita invadiu o país
e o matou? Quem investiu estes cientistas do vazio, do opróbrio e da
humilhação? Estranhamente, a resposta é simples, e não parece que os
instituidores procedam do camoniano “honesto estudo” ou do “bom estudo” tão lidimamente
propugnado pelo nosso Rei filósofo.
O País sabe que a avaliação não é
infalível e que, como o diz Frei Fernando Ventura, não há inevitabilidades. Não
podemos ensurdecer assim. Quem nos quer concessionar trabalha para a águia
imperial alemã e vende-nos uma culpa que não é nossa. A desconfiança caiu na
ágora. E agora?
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