Florbela Espanca (1894-1930), também vítima do descaso epocal, que não de Judith Teixeira, que a publicou e, como quer Cláudia Pazos Alonso, a influenciou, consegue um impulso importante de José Régio no sentido da visibilidade do seu inovador e predestinado universo poético, assente, no dizer regiano, no "sempre querer mais." De facto, o criador de Poemas de Deus e do Diabo, não obstante a chegada pós-seniana, ao observar que a obra de Florbela deveria ser analisada sob o filtro do donjuanismo feminino que lhe genitaliza toda a obra, criou mais um lugar clássico na nossa literatura.
Em 1923, é publicado o Livro de Soror Saudade, uma colecção de sonetos que, assim, cruza meteoricamente essa década efervescente, à espera então da consagração que o tempo acabou por decidir. Régio, à frente no tempo, estava lá, anunciando. De outro modo esteve com Judith Teixeira...
5 comentários:
Florbela Espanca é um dos grandes nomes da nossa poesia.
É pena que a sua obra não tenha o relevo e a consideração que merece pela sua poesia de grande qualidade, demonstrativa de grande irreverência.
Um abraço
Martim Lourenço
Por que não desenvolver 'isto' para a 'P'?
Saudações B.
Ideia forte e poesia-armadilha, de que tanto gosto. Abraço!
eu que a adoro...assim dorida
jocas maradas
Entre outras, Mário. A ver vamos... Abraço...
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