2006-09-20

na avenida alberto sampaio


na avenida alberto Sampaio
quando me sento no café habitual
espremo os olhos no macadame
à escuta do caminho de outrora
nem caroço nem árvores
nem conversa do vento
só um sopro breve e ácido
e uma estranha diferença
que se repete ao ritmo rápido
dos carros que passam e investem
contra o meu corpo e pensamento
assim gastos e passantes.

10 comentários:

Anónimo disse...

Soberbo, acho! Abraços!

Anónimo disse...

Deste gostei especialmente, certo? Abraço de sempre!

Anónimo disse...

Sonoro e tocante poema. Abraços...

Victor Figueiredo disse...

Gostei, parabéns!
... a avenida do caroço, ou 28 de Maio...

heresias consentidas disse...

Olá!
Deixou de publicar-se a "Ave Azul"?
Fico com pena...
Abraço
hc

martim de gouveia e sousa disse...

caro herculano, não propriamente. o ritmo está é mais lento, vítimas que somos do desapoio e da erosão. prepara-se o nº 10, sobre branquinho da fonseca e rodrigo emílio. abraço. mgs

hfm disse...

da poética!

Mário Casa Nova Martins disse...

Alberto Sampaio e as suas 'Vilas' merecem respeito, mas a Avenida 28 de Maio, também, porque essa data é um facto histórico que, goste-se ou não, pertence à Memória colectiva dos portugueses, e viseenses.

isabel mendes ferreira disse...

-----sempre passante. por aqui. pela avenida das palavras sábias.
onde nada é efémero.
onde a beleza é permanente.


sempre renovada. renovadora.


beijo. Martim.

Mário Casa Nova Martins disse...

Martim Lourenço

Como reconheci n’ A Voz, o Poema é ao Café, não à rua.
Mas, ‘a oportunidade é que faz o ladrão’, e não resisti...
Abraço.

PS - Já agora, é (ainda não mudou de instalações?) na Avenida Alberto Sampaio, pois claro, que está a famosa Tipografia Guerra, de Viseu.