Dos altos lugares sonhados,
lembro-me da noite longa
devorando o rio e a água,
dos instantes breves
rodeando o passado,
os bancos dos jardins.
Vejo-Te aí plantado,
no sítio da velha casa
nos fungos dentro,
matizando o pão nu.
Sei agora neste Dezembro
silenciosamente vivo
que este canto seco
é um punhal ardendo.
Eis-me aqui depós a noite
no princípio do amor
debruçado no emiliano vento
esperando uma resposta quente.
O Inverno não finda ainda.
Eis-me aqui ardendo,
encostado ao frio da noite,
sozinho esperando apenas.
Após a litania o verbo não responde.
2006-12-27
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10 comentários:
Ola Martim, quando puderes vai ao meu blog e vê o post das Contas do Tempo. Vê se sabes de quem é aquele poema.
Beijos
Martim, qualquer dia vou postar alguns poemas dele dactilografados e com rasuras manuscritas do seu primeiro livro - Lágrimas ancoradas à sombra do amor.
Éramos novos e, embora discordantes na política, a poesia congregava-nos.
Um abraço
---------eu sabia que a minha Amiga HFM ía adorar.....
e com toda a razão....
___________
um lirismo"triste"soberano.
beijo. Martim.
... lindo, lindo.
continuação de boas festas Martim, e que 2007 seja pleno de saúde, coragem e alegria de viver!
Beijo
Bom!!! Abraço!
obrigada Martim.
beijo.
Ysa.
Eis-me presente!
eis.me aqui...
feliz ano 2007
jocas maradas de bom tempo
Mais um belo poema em quadra importante. Abraço......
... obrigada Martim. boas entradas no que esperemos a sério... "Novo Ano"!
Beijos
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