2006-12-17

diaporama

não sei se o anel do tempo
a chuva ácida ou o fluir
do azeite nas articulações
levarão ao remoto início.

posiciono-me como se
não houvesse objectos
como se o néon dentro de ti
fosse uma jarra no coração.

conheço agora o teu outono
o rito breve e o inverno
declinado por ti dentro.

no silêncio do incontacto
nua pensas no que somos
vidro quebrado verde
e opaco que passa rói
ferindo a pele a carne.

talvez nada passe fora
e tudo dentro sangrando
nos frios guindastes
da cidade explodida.

10 comentários:

Anónimo disse...

Fabuloso!!!!!!!!!!!!!

isabel mendes ferreira disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
isabel mendes ferreira disse...

reiteradamente fabuloso....apropriando-me do adjectivo do seu leitor "duke".


que sei eu que possa dizer o já repetido antes sem me repetir????

.


deixo.O. Martim.

no silêncio dezembrino que sendo agora mais frio é sempre sentido.


beijo.

isabel mendes ferreira disse...

P.S. Martim....está tudo bem com o nosso amigo Al?????~


_______________________

Anónimo disse...

decididamente o rito da noite...

Anónimo disse...

Bom rito, boa-noite! Abraço...

Susana Barbosa disse...

Excelente

martim de gouveia e sousa disse...

isabel, quanto à ave, claro; em relação ao al, vou saber. bjo.

isabel mendes ferreira disse...

obrigada Martim.




bom dia.



B.

Anónimo disse...

Perfeito hino ao espaço interior, não é? Abraços................