2006-12-27

Poema para Rodrigo Emílio

Dos altos lugares sonhados,
lembro-me da noite longa
devorando o rio e a água,
dos instantes breves
rodeando o passado,
os bancos dos jardins.

Vejo-Te aí plantado,
no sítio da velha casa
nos fungos dentro,
matizando o pão nu.

Sei agora neste Dezembro
silenciosamente vivo
que este canto seco
é um punhal ardendo.

Eis-me aqui depós a noite
no princípio do amor
debruçado no emiliano vento
esperando uma resposta quente.

O Inverno não finda ainda.
Eis-me aqui ardendo,
encostado ao frio da noite,
sozinho esperando apenas.

Após a litania o verbo não responde.

10 comentários:

Anónimo disse...

Ola Martim, quando puderes vai ao meu blog e vê o post das Contas do Tempo. Vê se sabes de quem é aquele poema.
Beijos

Anónimo disse...

Martim, qualquer dia vou postar alguns poemas dele dactilografados e com rasuras manuscritas do seu primeiro livro - Lágrimas ancoradas à sombra do amor.
Éramos novos e, embora discordantes na política, a poesia congregava-nos.
Um abraço

isabel mendes ferreira disse...

---------eu sabia que a minha Amiga HFM ía adorar.....


e com toda a razão....



___________

um lirismo"triste"soberano.


beijo. Martim.

Susana Barbosa disse...

... lindo, lindo.
continuação de boas festas Martim, e que 2007 seja pleno de saúde, coragem e alegria de viver!
Beijo

Anónimo disse...

Bom!!! Abraço!

Anónimo disse...

obrigada Martim.



beijo.


Ysa.

Anónimo disse...

Eis-me presente!

Su disse...

eis.me aqui...

feliz ano 2007

jocas maradas de bom tempo

Anónimo disse...

Mais um belo poema em quadra importante. Abraço......

Susana Barbosa disse...

... obrigada Martim. boas entradas no que esperemos a sério... "Novo Ano"!
Beijos