e nem por isso o homem
se aproximou da pureza.
indistinto nem sonho cobre
o vinagre da burocracia.
cego o funcionário funciona
podre da alegria do embalo.
em volta os senhores e os decretos
escrevem com voz cinzenta
e os chefes da mesma carne
aplicam ciosos o receituário,
com adendas e tudo.
no ritual mudo funcionário
um canário ri da prontidão.
nunca assim estendidos no chão
serão como os corpos de eugénio.
6 comentários:
:
sempre na memória
.
abraço amigo
Grande fotografia e poema muito bonito... Boa-tarde!
boa tarde, martim
deveras sensibilizada com a tua visita
não me atrevo a comentar o teu post
adorei ler, só isso
beijinho do coração
alice
Tinha um cravo no meu balcão;
veio um rapaz e pediu-mo
--mãe, dou-lho ou não?
Sentada, bordava um lenço de mão;
veio um rapaz e pediu-mo
--mãe, dou-lho ou não?
Dei um cravo e dei um lenço,
só não dei o coração;
mas se o rapaz mo pedir
--mãe, dou-lho ou não?
boa noite. deixo.te um beijo
jocas maradas de dias
Senti-me honrada tendo a imagem de Salvador Dali com a poesia de Virgínia Victorino reproduzida em seu blog, que é ótimo. Eventualmente mantenho contato com Jorge Pereira de Sampaio, dono do Café Tertúlia, em Alcobaça, que está escrevendo um livro sobre Virgínia. Abraços.
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