2006-06-06

poema livre

Arthegarn

nem sempre as ondas ou a liberdade ou este livro
que a inquietação me traz ao corpo. sonho ainda.
soube agora nunca mais nesse lugar este meu sopro
tudo deixará de ser assim imagem de mim espelhada
sempre parada contra o tempo retalhado partido
imemória de sangue paixão ou esperança. sabes.
risos muitos corpo de criança verso antigo que passa
que canta o novo encontro e a livre dança de palavras
aguço o ouvido e os labirintos. acme por dentro.
úlcera de mim abismo dito mar interior búzio atento
eco vindo do mar e deste azul que sempre fito.
sabes. ferida do peito que dói. tempo parado no paul.
preso. e a pele ferida pelo aço dos pregos rindo.
e a pele presa ao plástico e aos cartuchos imundos.
e o lugar? cercado de homens de interesses de vontades.
desalmados e burocratas de lábios cortantes invejosos,
e a liberdade? como o filósofo de tocha na mão, sabes.

3 comentários:

porfirio disse...

boa-noite
:
belo canto este
;
o
de
uma
ave livre!

aquele abraço
e
VIVA A LIBERDADE!

isabel mendes ferreira disse...

raios!!!!!!!!

porque não saberei eu dizer assim????

claro....não sou Martim.


belíssimo. elástico...!

beijo Martim.

Anónimo disse...

Bonito e complexo poema. Parabéns!