205.º Aniversário da Ocupação de Olivença
Recordando ao representante do país vizinho a desonrosa ocupação deOlivença, o GAO entregou hoje na Embaixada de Espanha em Lisboa uma carta em que diz:
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Excelentíssimo Senhor Embaixador do Reino de Espanha
No dia 20 de Maio de 1801, há exactamente 205 anos, os exércitos deEspanha, conluiada com a França napoleónica, invadiram Portugal e ocuparama vila portuguesa de Olivença.Manifesta ofensa ao Direito das Gentes, assim foi entendido pelas Potências de então que, no Congresso de Viena de 1815, onde Espanha também teve assento, reconheceram absolutamente a justiça das reclamações de Portugal sobre Olivença. Por isso ficou consignado no Tratado de Viena, seu Art.º 105.º.«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S. A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d'Olivenza et les autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l'Europea été le but constant de leurs arrangements, s'engagent formellement à employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces, afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soieffectuée; et les puissances reconnaissent, autant qu'il dépend de chacuned'elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt». Como melhor saberá Vossa Excelência, em 7 de Maio de 1817, há 189 anos, Espanha assinou o Tratado de Viena e reconheceu sem reservas os direitos de Portugal. Decorridos dois séculos sobre a desonrosa ocupação de Olivença, o Estado que Vossa Excelência representa jamais respeitou o compromisso assumido perante a Comunidade Internacional. Do carácter honrado, altivo e nobre queEspanha diz ser o seu, não houve manifestação e, ao contrário, actuando com ostensivo desprezo pelo Direito e pela palavra dada, Espanha cobriu-se como labéu da vilania. Eis, singela, a «Questão de Olivença»: uma parcela de Portugal foi usurpada militarmente pelo Estado espanhol, há 205 anos, extorsão não reconhecida e ilegítima face ao Direito Internacional. Não obedecendo ao Direito nem respeitando os seus compromissos, é Espanha, de que Vossa Excelência é Embaixador, que se desonra. Quanto à ofensa que a ocupação de Olivença constitui para Portugal, compete aos Portugueses apreciá-la e julgá-la. Da ofensa feita à Justiça e ao Direito, bem como da desonra trazida pela quebra da palavra dada, pertence a Espanha e a Vossa Excelência conhecer do seu significado.
Atentamente,
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença
Lisboa, 20 de Maio de 2006.
5 comentários:
Vim com a recomendação de que aqui habitam mentes brilhantes e pelos vistos não fui enganada. A aprendizagem é algo que sempre me fascinou... agradeço o aprendido!
vim atrás do 'Russel Crow' e encontro um excelente blog todo de azul vestido.
deixo as minhas saudações 'azuis'! :)
nota: claro que a ocupação devia ter sido resolvida há muito... e agora, com o estado da nossa economia, até 'entendo' que o povo de Olivença não queira mudar de passaporte...
OLIVENÇA É NOSSA
e
pronto!
...será preciso afiar as gadanhas
e
atear os canhões?
abraço
Olivença também é Portugal!
Olivença é mesmo nossa? que lhe haveremos de fazer senão deixá-lo sê-la?! sê-la real-mente!
Abraço, real Martim.
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