[hoje a morte]
sílaba a sílaba a morte
um silêncio tenso raso
a indeclinação do rosto
o espanto fixo do rito
a morte sílaba a sílaba
o silêncio disso – a morte
entrando pelas vísceras
negando a luz pulmonar
limitando a fluidez os nós
íntimos dos equilíbrios
o desabamento aos pés
corroída a medula tomba
os ossos teclado são sombra
são os ossos as vísceras
todos os tecidos na morte
percorridos por sombria aracne
pedra sobre pedra no chão
um corpo aí no chão um corpo
este de um país queimado nada
sendo de história abandonado
à espera de outras horas e dias.
eu quero meu outro país…
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