sem perguntar vieste liberdade
e nas luzes distantes cravaste
no flanco as flechas e disseste
que o tempo era outro orvalho
na taça canais dentro da cidade
e luzes perto explodindo felinas
sem que os espinhos mais fossem
do que uma antiquíssima memória.
do lado da chuva agora eis a fluvial
aldeia sangrando uma longa dor ou
o palácio derruído dentro do livro
combustível que escorre da giesta.
do edifício nem telhado e dos gumes
nem lâminas nem ardores - só esta
cicatriz sombria morto o justo grito.
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15 comentários:
Não está morto. Está confuso.
Parabéns pelo livro.
Abraço e um "Santo" 25 de Abril :-)
MF
ainda que com cicatrizes....
beijo luminoso. HOJE.
________________________Martim. e Sempre.
de sempre.para sempre...:))))
Y.
e
livro?
(e eu não sei de nada?:((( também quero)
______________
re.beijo.
y.
compreendo o teu poema!
o "justo grito", porém, não morreu.
ora escuta:
... "talvez uma nova síntese esteja a nascer.
Mesmo aí. Onde menos se espera.
Por dentro de computador. Na imagem virtual.
Nas grandes auto-estradas da informática.
Mesmo aí é possível a surpresa
uma boina uma estrela um vírus.
Ou talvez um coração"...
do poema “Che” – Manuel Alegre
Muito difícil encontrar a poética para este tema e com que palavras o fizeste. Obrigada.
uma cicatriz e um grito. principalmente para os "filhos da madrugada" que não a viveram, ouviram as vozes saudosas de tempos desconhecidos e olham em roda (sabendo que sim, não há PIDE) e não sabem o que existe.
o inimigo camuflado, uma liberdade de nome economia?
boa tarde (com sementes do que se pode construir...ainda)
cara y, o livro é apenas um essencial sobre o poeta antónio de navarro e ainda não saiu. outra informação aparece no aijesus. bjo.
já vi......obrigada.
beyjos.
Belo e motivador poema, mesmo que contristado por razões sobejas. Obrigado e 25 cravos de abraços!!!
... amarras existem sempre. e a luta pela liberdade também. nas mais variadas formas. por diversas palavras. o teu dizer... esse é único.
bjs
Fascinante texto sobre a revolução tão abastardada pelos políticos profissionais...
Tentei dizer algo sobre esse memorável dia, esse memorável espírito, que aos poucos e poucos foi engolido por outros ideais, mais obscuros ainda, e...nada consegui dizer.
Aqui encontrei a palavra exacta na medida certa.
Obrigada.
Muito bom, mesmo...
Ela nada questiona...e nós? Sabemos questionar? Sabemos construir?
Fantástica abrilada para os tempos. Muitos parabéns!
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