em volta as fogueiras crepitam
e agora as folhas do tempo são
aquilo que quiseres - galeria ou
alçapão dentro dos pulmões um
fio de água correndo no teclado
uma flor desfibrando os músculos
até o mais terno feno no celeiro.
agora sabes estes versos declinados
na morada da terra que é relâmpago
e teia abandonada nas muralhas ocas.
cruzo o tempo dentro do sangue
e toda a pele nua é tapete e tarde
explodindo nas fissuras do corpo
nas sedas púrpuras desses lábios.
uma pétala de rosa sanguínea sou.
2007-04-22
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7 comentários:
"agora sabes estes versos declinados
na morada da terra que é relâmpago
e teia abandonada nas muralhas ocas."
na púrpura das palavras.
Teias expessas!
Abraço
MF
E também cravos de Abril! Abraço!
púrpuro
este destino.
inscrita na muralha da memória.
púrpuro este fino feno.
intintivamente o beijo.
Martim.
y.
Mais rosas! Abraço!
Púrpura...campos dourados manchados por displicentes papoilas que apetece morder...uns lábios sonhados. Teias que se renovam num perpétuo movimento...que não se abandona...
Bjs. Boa semana.
hoje foi um dia especial...roubei-lhe todas as palavras...umas ao piano outras no coração de papel...
desculpe.
I.
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