"o mar abrindo gretas medonhas pela sombra azulada das paisagens." [p. 45]
A partir de agora é assim: um mar imenso rompendo o mundo e todos os líquidos escorrendo tintas viscerais. Das mãos os rios levarão a cal e da boca os impossíveis murmúrios levarão o sal ao impossível. Em breve, todo o enxofre ditará a lei e os corpos mera imagem de ruína serão. Aos pés o azul tomba a pique sobre o medonho abismo em que te deitaste.
Esquece, esquece agora o que não disseste e fizeste. Dorme, dorme apenas, como se fosses onda dentro do medo.
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