"pequenos insectos duros, como lâminas." [p. 40]
Como lâminas enfiadas meticulosamente na garganta, pequenos insetos duros entram pelas portas e bailam junto à pleura. Arfantes, os pulmões sopram a invasão e metabolizam a dor. Assim, toda a dureza amacia no sonho e em cada visão orgiástica lâmina a lâmina a noite declina. Sem temor, o dia irrompe nos dedos, no corpo que dedilho. Como lâmina, o corpo fende-se.
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