2012-11-18

dos "Diários" de Al Berto - 3




“A casa é um compartimento do meu corpo”. (p. 33)

É do telhado que olho sobre as vísceras. Bem longe, os pés abrem-se ao dia  como a pele ao corpo. Nada que perturbe este imenso silêncio visceral. No coração, uma imensa biblioteca comanda os ritos sinusais. Uma lenta respiração encosta-se ao fígado. Renovado, o sangue inunda toda a casa.

Habito-a toda. Dos corredores dos braços ao rigor das nádegas há uma imensa sala de estar. É esta a história da habitação.

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