“A casa é um compartimento do meu corpo”. (p. 33)
É do telhado que olho sobre as
vísceras. Bem longe, os pés abrem-se ao dia
como a pele ao corpo. Nada que perturbe este imenso silêncio visceral.
No coração, uma imensa biblioteca comanda os ritos sinusais. Uma lenta
respiração encosta-se ao fígado. Renovado, o sangue inunda toda a casa.
Habito-a toda. Dos corredores dos
braços ao rigor das nádegas há uma imensa sala de estar. É esta a história da
habitação.
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