Depois do êxito inicial com Telhados de vidro (1952), Vasco Branco prova, através desta coletânea Flor seca (1956), ser um dos mais importantes contistas portugueses. Conciso, direto, lírico, ácido e arrebatador - eis alguns apodos que se nos escapam.
Dentro de uma certa disforia, em que os semas da "escuridade" dominam, os contos de Vasco Branco obrigam a que pestanejemos, assim se cumprindo a prova steineriana da qualidade.
O livro contém ilustrações de João Martins e foi em boa hora lido em exemplar de 1º edição da aveirense Litoral Editora - e nem sei se haverá outra.
Não custa nada juntar o nome de Vasco Branco aos nossos melhores contistas: Eça, Fialho, Branquinho, Domingos Monteiro, Régio, Vergílio, Torga, Araújo Correia... Basta um conto para a integração de um grande escritor pouco lido e, se calhar, pouco conhecido.
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