2012-08-02

möller


nada esperes da fama nada que nada é
bem vês como em tudo fingimento vale
falsos sabedores querem ode triunfal
há pouco chegados ao escasso saber
simulam árduo estudo muito que ler
todo o carnaval nasce assim estival
com anões presunçosos gloriosos
prontos a malabarismos interesseiros
como peter vão subindo sem saber
clara mélange entre ler e não ler...

eles encafuam-se nas vestes finas
aprontam-se em mãos de veludo
afinal todo o ar vale mais que tudo
sisudo avança o palhaço sinistro
cede aos poderes quer ser ministro
que isto de ser tapete há de valer
em roldões mais que o euromilhões
avançam com espadas motorizadas
relíquias outras por autoestradas
sempre prontos a suas facadas...

möller observa sonha pintar a cidade
em outras tonalidades um pingo pôr
de ouro sobre as magnólias enganadas
jubilante aparição espoletar as águas
lavando a tormenta a revolução disso
lustral um coração nas mãos abrasado
as nuvens aos pés os rios no corpo
pintar a cidade a placenta o sonho aí.

devastada a cidade nem o canto a acorda.

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