2008-03-14

Dor do Papa pela morte do arcebispo iraquiano


Dor do Papa pela morte do arcebispo iraquiano

Seu corpo foi encontrado hoje

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 13 de março de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou a sua profunda dor ao receber a notícia da morte do arcebispo Paulos Farj Rahho, de Mosul dos Caldeus (Iraque), que tinha sido sequestrado no dia 29 de fevereiro.

Segundo revelou o bispo auxiliar de Bagdad, Dom Shlemon Warduni, o corpo do prelado foi encontrado hoje enterrado, em um lugar que havia sido indicado por telefone pelos sequestradores.

«O corpo de Dom Rahho não apresenta sinais de violência ou tiros de arma de fogo. É possível que o arcebispo tenha falecido por causas ligadas a seu precário estado de saúde, agravado pelas condições do sequestro», declarou Dom Warduni através do serviço de informação da Igreja na Itália (SIR).

O bispo revelou que «os funerais serão celebrados amanhã em Karamles. Por enquanto não sei se poderão ser presididos pelo cardeal Emmanuel III Delly», patriarca da Babilónia dos Caldeus, com sede em Bagdad.

Em um telegrama enviado ao cardeal, o Papa manifestou «à Igreja caldeia e a toda a comunidade cristã sua particular proximidade, deplorando firmemente este gesto de violência inumana que ofende a dignidade do ser humano e prejudica gravemente a causa da convivência fraterna do amado povo iraquiano».

«Enquanto asseguro fervorosas orações de sufrágio pelo zeloso pastor sequestrado precisamente no final da celebração da Via Sacra – acrescenta a mensagem papal –, invoco ao Senhor sua misericórdia para que este trágico acontecimento sirva para edificar na martirizada terra do Iraque um futuro de paz.»

Por sua parte, o Pe. Federico Lombardi S.J., director da Sala de Informação da Santa Sé, reconheceu que «todos continuávamos esperando e rezando por sua libertação, como o Papa havia pedido em diferentes ocasiões em seus chamados».

«Infelizmente, a violência mais absurda e injustificada continua a abater-se sobre o povo iraquiano e em particular sobre a pequena comunidade cristã, da qual o Papa e todos nós nos sentimos especialmente próximos com a oração e a solidariedade neste momento de grande dor», continua explicando o porta-voz vaticano.

«Esperamos que este trágico evento recorde mais uma vez e com maior força o compromisso de todos e em particular da comunidade internacional pela pacificação de um país tão atormentado», conclui o Pe. Lombardi.

[Texto de Pedro Aguiar Pinto]

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