2014-09-03
«o tempo é renda», de isabel mendes ferreira (Lisboa, labirinto de letras, 2014)
1.
ensaio-me. para que a morte me seja ao som dos pés o som
das uvas esmagadas com o sangue de todas as rosas que não
vieram ser-me lençol. uma porta de chumbo a ser livro raso
a ser abate e abro-te a boca para te ser luz que não sombra.
em resgate._____________________________________
e se o eterno mais não fosse que este único momento de
trigo incerto? dirias que um pássaro me dividiu o corpo
ou antes que o fundo do abismo seria mais alto? como vês
nada sabemos da extrema solidão. fonte ou harpa seremos
sempre a metade de um livro alegórico.
[isabel mendes ferreira, o tempo é renda.]
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1 comentário:
A minha gratidão!
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