2012-12-23

[torre de londres]

[torre de londres]

da lapela da árvore onde dormem
um corvo e uma asa
escorrem para a neblina da manhã
esquecendo todo o sangue aí perdido.

não há perdão para o tamanho da injustiça
e só estas pedras ousam calar o sofrimento
que entram por íntimo poro até ao cérebro.

opaco todo o ardor se ouve ainda nesta mão
aqui onde todos os líquidos são escuro sangue.

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