um grande peixe azul irrompe de clara víscera
e mineral observa a limpidez conatural da chuva
o frio ágil esgueirando-se na juntura da virilha.
toda a luz da noite que ressalta nos telhados
é aviso sibilino sobre os abismos que aí vêm –
as escamas na obliquidade dos líquidos fendem?
os olhos pestanejam contra ventos feros bestiais
porque não haverá coroa luminosa
sem margens
assim desenhadas nas tuas costas
como rosas…
e de rosas um corpo de mulher me fende pende
do fogo um cristal fundente ilumina estes dedos
te tocam como na neve o fogo cicia o murmúrio.
agora morro de ti e nesta árvore expludo a morte.
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