A Terra
Frei Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá. A cidade, que se localiza no estado de São Paulo, no Vale do Paraíba, entre a serra do Mar e a serra da Mantiqueira, teve sua origem em uma pequenina capela erguida em louvor a Santo Antônio, pelos idos de 1630. O povoado que se desenvolveu em torno dessa capela transformou-se, em 1651, na Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá que, no correr dos anos, seria palco de importantes acontecimentos em sua vida religiosa.
Frei Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu em Guaratinguetá. A cidade, que se localiza no estado de São Paulo, no Vale do Paraíba, entre a serra do Mar e a serra da Mantiqueira, teve sua origem em uma pequenina capela erguida em louvor a Santo Antônio, pelos idos de 1630. O povoado que se desenvolveu em torno dessa capela transformou-se, em 1651, na Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá que, no correr dos anos, seria palco de importantes acontecimentos em sua vida religiosa.
Do ano de 1717, ficou guardada a lembrança do encontro, nas águas do rio Paraíba, à altura do Porto de Itaguaçu, no "termo da Vila", da imagem de Nossa Senhora da Conceição, a Senhora Aparecida, que é Padroeira do Brasil.Pouco tempo depois, quando corria o ano de 1739, nascia na Vila, o menino Antônio Galvão de França. Seu batizado se deu na Igreja Matriz, atual Catedral, que foi erguida no lugar da primitiva capela, sempre sobre a invocação do franciscano Santo Antônio, de quem, diz a tradição, Frei Galvão herdou os dons e a santidade.
Frei Antônio de Sant'Anna Galvão foi o primeiro dos nascidos no Brasil a ser apresentado à veneração e à imitação de todos. Mais do que isso, porém, há muito sem memória estava fortemente plantada no coração de sua gente. Não apenas de seus contemporâneos, de cuja sorte participou, mas de todos que, durante mais de séculos, o consideram como alguém muito familiar e querido. Quando, em 25 de outubro de 1998, foi solenemente apresentado pela Igreja, há muito já era venerado pelos brasileiros, e seus milagres e graças eram conhecidos por todos.
Frei Antônio de Sant'Anna Galvão foi o primeiro dos nascidos no Brasil a ser apresentado à veneração e à imitação de todos. Mais do que isso, porém, há muito sem memória estava fortemente plantada no coração de sua gente. Não apenas de seus contemporâneos, de cuja sorte participou, mas de todos que, durante mais de séculos, o consideram como alguém muito familiar e querido. Quando, em 25 de outubro de 1998, foi solenemente apresentado pela Igreja, há muito já era venerado pelos brasileiros, e seus milagres e graças eram conhecidos por todos.
A infância
Antônio era o quarto entre os dez filhos do comerciante e Capitão-mor de Guaratinguetá Antônio Galvão de França, natural de Faro, em Portugal, e de D. Isabel Leite de Barros, descendente de bandeirantes paulistas, nascida na Fazenda dos Correas, em Pindamonhangaba.
O menino cresceu no seio de uma família católica, na casa - hoje reconstruída - que se situava à esquina das antigas ruas do Hospital e do Theatro, atualmente ruas Frei Galvão e Frei Lucas. Nesse lar, a imagem de Sant'Anna, em seu oratório, costumava reunir todas asnoites, à luz das velas, o Capitão-mor, sua mulher e seus filhos, para as oraçõese as novenas.
Foi certamente nessas noites de preces que o menino Antônio robusteceu sua fé e sua vocação para a vida religiosa. Narram as crônicas que, ainda criança, Antônio já sabia dar não somente atenção mas, igualmente, muitas esmolas aos pobres que o procuravam
Os estudos
Atendendo a seus dotes pessoais e a sua manifesta vocação para a vida religiosa, quando tinha 13 anos, Antônio Galvão de França foi encaminhado pelos pais para o Seminário de Belém, na cidade de Cachoeira, na Bahia.
Fundado pelo Padre Jesuíta Alexandre de Gusmão, o Seminário de Belém era então famoso pelo alto nível de seu ensino. Todavia, devido ao fechamento desse Seminário pelo retorno do Jesuíta para Portugal, Antônio, então com 16 anos, retornou para Guaratinguetá, onde não mais encontrou sua mãe, que havia falecido dois anos antes. atendendo a seu temperamento voltado à prática do bem, ingressou então no Convento Franciscano de São Boa Ventura de Macacu, em Itaboraí, na Capitania do Rio de Janeiro, onde adotou, para sua vida religiosa, o nome de Antônio de Sant'Anna Galvão, em homenagem à santa da devoção de sua família.
Sua profissão na Ordem Franciscana se deu em 1761, tendo, no ano seguinte, se ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro. A seguir, transferiu-se para o Convento de São Francisco, em São Paulo, onde foi admitido para terminar seus estudos de filosofia. na jornada que empreendeu do Convento do Rio de Janeiro para o de São Paulo, Frei Antônio de Sant'Anna Galvão se deteve em Guaratinguetá, para celebrar, na sua terra natal, "a primeira missa, a principal, para gáudio geral" de sua família e de todos que acorreram à cerimônia, realizada na Matriz de Santo Antônio, onde ele havia sido batizado. Tinha, asim, início o seu santo sacerdócio.
O Sacerdote
Um dos primeiros atos de Frei Galvão como sacerdote foi de fazer sua consagração como "servo e escravo" de Nossa Senhora, ato que assinou com seu próprio sangue na data de 9 de março de 1776. Esse episódio, dois séculos mais tarde, foi reproduzido em um quadro a óleo, de autoria do franciscano Frei Geraldo Roderfeld, que se acha em exposição no Hospital e Maternidade Frei Galvão, de Guaratinguetá.
Em São Paulo logo se destacaram os dotes de oratória de Frei Galvão, que foi eleito pregador, confessor de seculares, porteiro e confessor do Recolhimento de Santa Teresa.
Apresentou, nesses misteres, um desempenho tão destacado, que a Câmara Municipal não demorou em considerá-lo "um novo explendor do Convento".
Como pregador, Frei Galvão sempre demonstrou extraordinário brilho e zelo no anúncio da Palavra de Deus. Por onde andava, pelo interior do Estado e, em especial, pelo Vale do Paraíba, os vigários e os fiéis o aguardavam com ansiedade e disputavam sua presença para ouvirem seus sermões famosos. E Frei Galvão "pregava, confessava, aconselhava, atendia os doentes, deixando por toda a parte a fama de santo". Existe uma mesa, que se encontra atualmente na Sala das Relíquias, na casa de Frei Galvão, em Guaratinguetá, vinda da igreja Matriz de São Luiz do Paraitinga, que nessa cidade foi usada por Frei Galvão como púlpito, para falar à grande multidão que acorria para ouvi-lo.
Há "quem vislumbre nesta mesinha, corroída, sinais dos pés do famoso pregador e missionário...", fato que é documentado em livros e vem certificado por antigo vigário daquela Paróquia.
Antônio era o quarto entre os dez filhos do comerciante e Capitão-mor de Guaratinguetá Antônio Galvão de França, natural de Faro, em Portugal, e de D. Isabel Leite de Barros, descendente de bandeirantes paulistas, nascida na Fazenda dos Correas, em Pindamonhangaba.
O menino cresceu no seio de uma família católica, na casa - hoje reconstruída - que se situava à esquina das antigas ruas do Hospital e do Theatro, atualmente ruas Frei Galvão e Frei Lucas. Nesse lar, a imagem de Sant'Anna, em seu oratório, costumava reunir todas asnoites, à luz das velas, o Capitão-mor, sua mulher e seus filhos, para as oraçõese as novenas.
Foi certamente nessas noites de preces que o menino Antônio robusteceu sua fé e sua vocação para a vida religiosa. Narram as crônicas que, ainda criança, Antônio já sabia dar não somente atenção mas, igualmente, muitas esmolas aos pobres que o procuravam
Os estudos
Atendendo a seus dotes pessoais e a sua manifesta vocação para a vida religiosa, quando tinha 13 anos, Antônio Galvão de França foi encaminhado pelos pais para o Seminário de Belém, na cidade de Cachoeira, na Bahia.
Fundado pelo Padre Jesuíta Alexandre de Gusmão, o Seminário de Belém era então famoso pelo alto nível de seu ensino. Todavia, devido ao fechamento desse Seminário pelo retorno do Jesuíta para Portugal, Antônio, então com 16 anos, retornou para Guaratinguetá, onde não mais encontrou sua mãe, que havia falecido dois anos antes. atendendo a seu temperamento voltado à prática do bem, ingressou então no Convento Franciscano de São Boa Ventura de Macacu, em Itaboraí, na Capitania do Rio de Janeiro, onde adotou, para sua vida religiosa, o nome de Antônio de Sant'Anna Galvão, em homenagem à santa da devoção de sua família.
Sua profissão na Ordem Franciscana se deu em 1761, tendo, no ano seguinte, se ordenado sacerdote na cidade do Rio de Janeiro. A seguir, transferiu-se para o Convento de São Francisco, em São Paulo, onde foi admitido para terminar seus estudos de filosofia. na jornada que empreendeu do Convento do Rio de Janeiro para o de São Paulo, Frei Antônio de Sant'Anna Galvão se deteve em Guaratinguetá, para celebrar, na sua terra natal, "a primeira missa, a principal, para gáudio geral" de sua família e de todos que acorreram à cerimônia, realizada na Matriz de Santo Antônio, onde ele havia sido batizado. Tinha, asim, início o seu santo sacerdócio.
O Sacerdote
Um dos primeiros atos de Frei Galvão como sacerdote foi de fazer sua consagração como "servo e escravo" de Nossa Senhora, ato que assinou com seu próprio sangue na data de 9 de março de 1776. Esse episódio, dois séculos mais tarde, foi reproduzido em um quadro a óleo, de autoria do franciscano Frei Geraldo Roderfeld, que se acha em exposição no Hospital e Maternidade Frei Galvão, de Guaratinguetá.
Em São Paulo logo se destacaram os dotes de oratória de Frei Galvão, que foi eleito pregador, confessor de seculares, porteiro e confessor do Recolhimento de Santa Teresa.
Apresentou, nesses misteres, um desempenho tão destacado, que a Câmara Municipal não demorou em considerá-lo "um novo explendor do Convento".
Como pregador, Frei Galvão sempre demonstrou extraordinário brilho e zelo no anúncio da Palavra de Deus. Por onde andava, pelo interior do Estado e, em especial, pelo Vale do Paraíba, os vigários e os fiéis o aguardavam com ansiedade e disputavam sua presença para ouvirem seus sermões famosos. E Frei Galvão "pregava, confessava, aconselhava, atendia os doentes, deixando por toda a parte a fama de santo". Existe uma mesa, que se encontra atualmente na Sala das Relíquias, na casa de Frei Galvão, em Guaratinguetá, vinda da igreja Matriz de São Luiz do Paraitinga, que nessa cidade foi usada por Frei Galvão como púlpito, para falar à grande multidão que acorria para ouvi-lo.
Há "quem vislumbre nesta mesinha, corroída, sinais dos pés do famoso pregador e missionário...", fato que é documentado em livros e vem certificado por antigo vigário daquela Paróquia.
O poeta
Quando em São Paulo foi fundada sua primeira Academia de Letras, que ficou conhecida como a Academia dos Felizes, por seus dotes literários e de orador famoso, por seu amor à natureza e às letras, notadamente à poesia, frei Galvão foi convidado a dela participar. Por obediência ao fundador da Academia, que era o Morgado de Mateus, que então governava a Capitania de São Paulo, Frei Galvão aceitou o convite.
Na segunda sessão literária, realizada em março de 1770, Frei Galvão declamou com sucesso, em latim, dezesseis peças de sua autoria, todas dedicadas a Sant'Anna, além de dois hinos, uma ode, um ritmo e doze epigramas. São composições bem metrificadas segundo as regras clássicas, e repassadas de profundo sentimento religioso e patriótico.
O mosteiro da Luz
Uma das grandes realizações de Frei Galvão foi a construção do Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição da Luz, erguido a partir de uma capelinha quinhentista. A história desse convento, iniciado em 1774, viria a se confundir com a própria vida de Frei Galvão.
Para angariar os fundos necessários à construção do Mosteiro, que é atualmente um dos mais importantes documentos vivos do passado colonial paulista, nosso Frade iria percorrer, quase sempre a pé, todo o território paulista conhecido na época.
A Frei Galvão, como arquiteto, deve-se um documento tão interessante quanto importante: trata-se do frontispício da Igreja da Luz, riscado - e ainda existente - na parede de taipa de sua cela, no mosteiro. Mas a obra de Frei Galvão se estende muito além da arquitetura do prédio. Ela se faz presente notadamente na orientação espiritual dada às primeiras Irmãs, e na criação do Estatuto da Ordem Concepcionista, onde "se entrelaçam o carisma franciscno e o ideal concepcionista".
Na igreja do Mosteiro da Luz, que se localiza na atual Avenida Tiradentes, nº 676, na capital paulista, está o túmulo de Frei Galvão, aí falecido a 23 de dezembro de 1822, com fama de santidade. Esse túmulo é visitado diariamente por seus inúmeros devotos, que sobre ele deixam os pedidos e as flores de agradecimento pelas graças alcançadas.
A obra monumental edificada por Frei Galvão há mais de dois séculos continua, entretanto, a se expandir até os nossos dias, com a fundação de outros vários conventos.
Datado de 1811, foi erguido em Sorocaba, sob as vistas do próprio Frei Galvão, o Recolhimento de Santa Clara. Em Guaratinguetá, vewm de 1944 o Mosteiro da Imaculada Conceição, que até nossos dias segue despertando vocações.
Localiza-se atualmente nas proximidades do Seminário Seráfico Frei Galvão, da ordem franciscana. Também no Vale do Paraíba, em Taubaté, fica o Mosteiro da Imaculada Conceição de Santa Beatriz.
Thereza Regina de Camargo Maia - Diretora do Museu Frei Galvão
Bento XVI canonizou Frei Galvão
Numa época tão cheia de hedonismo, Bento XVI recorda o exemplo de Frei Falvão e as suas palavras de consagração como “palavras fortes de uma alma apaixonada, que deveriam fazer parte da vida normal de cada cristão, seja ele consagrado ou não e que despertam desejos de fidelidade a Deus dentro ou fora do matrimónio”. Na Eucaristia de canonização do Beato Frei Galvão, agora Santo António de Sant´Anna Galvão, o Papa afirmou durante a homilia da celebração que “o mundo precisa de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que rejeitem ser consideradas criaturas objecto de prazer”.“É preciso dizer não aos meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimónio e a virgindade antes do casamento”, sublinhou ainda.Frei Galvão foi recordado como exemplo de “disponibilidade para servir o povo”. Conselheiro, pacificador das almas e das famílias, “homem da caridade especialmente dos pobres e dos enfermos. Muito procurado para as confissões, pois era zeloso, sábio e prudente”, recordou o Papa.O carisma franciscano “produziu frutos significativos através do testemunho de Santo António de Sant´Anna Galvão enquanto fervoroso adorador da Eucaristia, de prudente e sábio orientador das almas que o procuravam e de grande devoto da Imaculada Conceição de Maria, de quem ele se considerava «filho e perpétuo escravo»”, observou o Papa, acrescentando ainda uma saudação “afectuosa a toda a comunidade franciscana e, de modo especial às monjas do Mosteiro da Luz, da Capital paulista, que irradiam a espiritualidade e o carisma do primeiro brasileiro elevado à glória dos altares”.O mundo não poderá encontrar a paz se “os homens e as mulheres não se conscientizarem acerca da necessidade de se reconciliarem com Deus, com o próximo e consigo mesmos”, indicou o Papa.Referindo-se à V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano”, Bento XVI apontou a necessidade de “se responder com renovado e generoso ardor aos desafios que a Igreja no Brasil e na América Latina é chamada a enfrentar”. “E que belo exemplo nos deixou Frei Galvão”, exclamou.A devoção mariana “é a melhor defesa contra os males que afligem a vida moderna e é garantia certa de protecção maternal e de amparo na hora da tentação”, terminou.
Queridos leitores de língua portuguesa
Muito queridos leitores do Brasil Hoje é dia grande. Hoje o nosso Santo Padre Bento XVI canoniza, em terras de Santa Cruz, o primeiro santo nascido em território brasileiro: Frei Antônio de Sant’Ana Galvão. É uma alegria, é uma honra, é uma responsabilidade.
Uma alegria porque temos mais um intercessor no céu. Ele já lá estava mas agora podemos invocá-lo sem reservas, com os fiéis do mundo inteiro. Uma honra porque, embora no céu se fale a língua dos anjos, ter mais um santo lusófono é para todos nós, seus irmãos, uma coroa de glória, garantia de que a salvação é mesmo universal, quer dizer, para todos nós também. Uma responsabilidade porque todos os santos são faróis que nos mostram o caminho que leva à casa do Pai. E este disse-o em português. Não podemos fechar as orelhas. Para todos, na certeza do amor de Deus e na unidade fraterna A equipa do EAQ em língua portuguesa
Enzo, criança cujo nascimento inexplicável levou Frei Galvão aos altaresTestemunho de sua mãe, a química brasileira Sandra Grossi de Almeida CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 8 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Entre os milhões de católicos brasileiros que darão as boas-vindas a Bento XVI, encontra-se a mulher que experimentou um milagre atribuído à intercessão de Frei Antonio de Santa Ana Galvão e que permitirá sua canonização no próximo dia 11 de maio. Trata-se da paulista Sandra Grossi de Almeida, licenciada em Química, de 37 anos, residente em Brasília, que deu à luz seu filho Enzo em 1999, ante a surpresa de médicos e cientistas. Seu caso foi reconhecido como «cientificamente inexplicável em seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos» pela equipe de especialistas médicos, em 18 de janeiro de 2006, no processo de canonização de Frei Antonio de Santa Ana, sacerdote brasileiro da Ordem dos Frades Menores Alcantarinos, que viveu entre 1739 e 1822. Precedentemente, Sandra havia sofrido três abortos naturais por causa de um problema congênito, conhecido como «útero bicorno», uma película que se forma no meio do útero, separando-o em duas partes, o que impossibilita o crescimento do feto por falta de espaço. As três gravidezes de Sandra -- em um dos casos foram gêmeos -- chegaram só até o quarto mês e acabaram de forma natural entre hemorragias e fortes dores. Sandra se havia resignado à idéia de não poder conceber e decidiu adotar a Isabela, que hoje tem 12 anos. Quando ficou grávida pela quarta vez, era consciente das dificuldades que enfrentaria, mas queria levar a gravidez adiante, fiel às suas convicções católicas. «A ginecologista me disse que não deveria me iludir, mas que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudar-me, e me preveniu claramente sobre a grande possibilidade de perder a outra criança», testemunha Sandra na edição italiana de «L’Osservatore Romano». Uma amiga da família, já falecida, ofereceu-lhe as «pílulas do Frei Galvão», umas orações para pedir a intercessão do beato brasileiro. Sandra começou a rezar as orações, ainda que não conhecia a história do beato. Para surpresa dos médicos (mas não de Sandra), na primeira noite da primeira novena a Frei Galvão, a hemorragia parou e as dores cessaram. «Foi um sinal da intercessão de Frei Galvão por mim», recorda Sandra. No quarto mês de gestação, submeteram-na a uma cirurgia para fechar o colo do útero, um procedimento delicado que se realizou sem que se apresentassem as temidas hemorragias. Sandra continuou encomendando-se a Deus por intercessão de Frei Galvão. No quinto mês de gestação se deu um risco de aborto por causa do tamanho do bebê. «Novamente recorri ao Frei Galvão», acrescenta Sandra. Depois de passar por essa fase crítica, conseguiu chegar à 32ª semana de gestação, algo inimaginável para seu caso. «Para os médicos parecia impossível, mas não para Deus», reconhece. Também parecia inimaginável a conservação do útero após o parto, já que a cartilagem impossibilitaria a expulsão da placenta e a única saída seria uma histerectomia (extração total do útero). Foi feita um parto cesariano. Enzo padeceu um problema grave ao nascer, uma das principais causas de morte entre os prematuros. Sua mãe voltou a encomendar-se ao futuro santo. Tiraram os tubos do bebê no dia seguinte, algo que em casos similares acontece só depois de várias semanas. Hoje, Enzo é uma criança sadia de oito anos. Quando se pergunta a ele quem é Frei Galvão, responde: «Nasci graças a ele».
Canonização de Frei Galvão é “muito significativa”
O Cardeal Claúdio Hummes considera que a canonização do Frei Galvão será um dos momentos altos da visita de Bento XVI ao Brasil. Esta é a viagem mais longa nos seus dois anos de Pontificado.
Em entrevista à BBC Brasil, o Perfeito da Congregação para o Clero afirma que este momento dará um novo impulso à fé católica na região. “O país ainda não tinha um santo brasileiro. Frei Galvão é o primeiro nascido no Brasil e isso é muito significativo para o povo”. D. Cláudio Hummes alude ainda à necessidade de uma renovada missão da Igreja Católica junto das populações, personificada nesta visita do Papa. Além da canonização do primeiro santo brasileiro, durante os cinco dias no Brasil, Sua Santidade reunirá com o Presidente Lula, inaugurará a Conferência Episcopal Latino-Americana e acolherá milhares de jovens no estádio Pacaembú.A esta hora, Bento VXI já vai a caminho do Brasil, onde chegará perto das 20h30 (hora portuguesa). A viagem é acompanhada pela enviada da Renascença, a jornalista Aura Miguel.
[informação enviada por Pedro Aguiar Pinto]
3 comentários:
Informação q.b.
Gostei de ficar a saber mais...
Bjs. Bom fim-de-semana.
“o mundo precisa de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que rejeitem ser consideradas criaturas objecto de prazer”.“
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o mundo todo que somos.
obrigada Martim.
beijos.
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