2014-02-05

[blanchot]

[blanchot]

no café de sempre o filósofo escritor perguntava
que fazer para poder desaparecer sem nada dizer
e no eco do café fortíssimo nem o fumo o ouvia
nem do bulício dentro uma resposta se consentia.

só umas barbas de urizen vindas de funda treva
da mesa saídas ditaram um antigo exílio de poeta.

aí regressado não mais o vi no estranho silêncio.

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