um dia esta chuva não será a mesma
e nem a liquidez de tudo me será razão
um dia este frio que me dilacera a voz
será apenas água correndo para o mar
um dia virá em que toda a correnteza
ulcerará nos ossos nas estrias do marfim
e em que o poema brotará pelo crânio
como fotologia mórbida em catedral ruída
um dia todos os dias serão assim: poemas.
2013-01-17
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2 comentários:
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