2013-01-27

dos "Diários" de Al Berto - 16


"Olhar para trás e soprar na cinza". [p. 445]

Cinéreas, todas as fronteiras rebentam na junção da pele. Parado no tempo, os flancos feitos de musgo anunciam-te a algidez das coisas. Como no mito, não olhes que vais olhar - a cinza aí entra nas vulgares carnações, sobe aos dedos e irrompe na água dos olhos. Há uma mandíbula em cada noite.

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