Esta é a gramática
UHF: umas poucas palavras sobre a minha
geração (2013)
Como tempo sem tempo, eis as
palavras e a música alada. De longe, ouça-as no fulgor das mãos, vindas dos
tímpanos fundos. Do tempo que é tempo, reconheço-me aqui – lacerantes, facas
diretas dão-me o tempo que é tempo. Agudos, os tempos.
Umas poucas palavras, disse.
Insujeição, clepsidra, fingimento, agudeza, armadilha amorosa, sinais de fogo,
sátira e filme vivencial, eis flâmulas deste palco geracional. Magnífico palco,
diga-se – temas como «A minha geração», «A tia Dorinda», «Lili casou à pressa»,
«Já não sei fugir», «Vernáculo [Para um homem comum]» e «Em Dezembro, meu amor»
são para mim arrepiantes. E a música começa na pele, eu sei.
De longe, ainda perto, desde o
velho viseense pavilhão A (À flor da pele,
pois) até hoje, muitos palcos presenciei, No
jogo da noite. A vida separa e une. Aqui me encontro. Obrigado, António
Manuel Ribeiro! Obrigado, UHF! Que miséria um mundo sem as vossas palavras
& músicas!
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