2012-07-19

cadáver adiado


algures o brilho no nevoeiro da imagem
uma resplendência de prata e de ouro
entra pelas veias como mundo ardendo
nos pulmões volteia um rumor crepita
labareda de tudo fundente constelação
dilacerante torrente abandonada cerca
estes os dedos abismado o sangue cose
toda a história corpórea de um rizoma
as múltiplas raízes respirando na cripta
inundadas e fundidas nas águas do porvir
e tu aí a palpitação disso este escrever-se.

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