2012-07-16

bernardo


sonolentos sobre as telhas caem os olhos
encostando toda a angústia às luzes da noite
estar aqui fitando a cidade a morte nos dentes
as breves fulgurações as mudanças dos poentes
explodir no vento e reentrar logo na mesma janela.

olho de mim um terraço violeta nisso a tristeza aí.

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