já não sei que dizer: sem memória
a liquidez da partida esfacela-me
o crânio e os labirintos auriculares
explodem pelas artérias drenando
algas e fungos do tempo antigo...
entre mim e o chão há um espelho
uma ferida na distância uma linha
comovida que recorda os cheiros
a ilógica paisagem da recordação
uma lâmina cerce vinda da noite.
do ritual um livro aberto cai real
ilusão das sílabas impronunciadas
dos exílios dos movimentos lentos
roídos pela esperança - no lençol
apenas fuligem e trevas são sinal.
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