um dia será assim
a memória nos olhos
o fogo raso na pele
uma ruína no éter
um baile movente
longínquo levantando-se
inserto casulo nas unhas
vivificando os campos
o pensamento agrário.
rasas ainda as lágrimas
secarão no passo tecido
de pedras lusitanas
e do brilho de tudo cairá
um fundente e vasto dia.
vivíssimas as retinas aflorarão
os joelhos o torneado das ancas
todo o dorso estilizado de veludo
o rendilhado dos cabelos a pele
os rútilos seios as firmes fibras
os trilhos jovens das águas...
por último
uma sensação nova chegará em nota queirosiana.
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