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Por sobre a morte fala a vida do texto. Génio o animou interrogativo, anjo ancorado, redivivo, morte da noite pela morte do dia, pulsão manual, liberdade dos punhos, folha branca que se entrega à seiva da escrita. A espera do sono. Esperar a vida que pressente a morte tornada viva pelo esplendor da palavra. Não morte, não requiem, não despudorada apropriação da vida cabida num sem-fundo para a eternidade dito: José, fartámo-nos de falar de mortos, quando afinal temos tanto para viver-te, não é? Ouve-se o riso do artista que diz a morte que lhe não cabe.
(Noite de 23 de Novembro de 1998, a caminho das 23 horas...)
3 comentários:
....afinal "história" de todos.....não é?
___________________________é um prazer.
estar aqui. :) e ali. :)
bom dia Martim.
beijo-O.
Gostei muito do texto em especial do 2º parágrafo; aquelas vírgulas realçam cada palavra como o galope de um cavalo.
Um bom dia.
Helena
Lembro. Abraço!
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