Eis o momento da peste, o espelho ocioso refletindo o cinzento de tudo, o azebre no sangue, todos os tecidos inconjuntos fracionados pelo corpo. Agora isto: a peste. Um ou mais gritos num grito, o ritual animal das emboscadas, os rios sobre as pontes destruindo. Que nos resta, pois, que não seja «qualquer coisa pérfida e perversa neste mundo das frutas muito fortes, dos animais esquartejados, dos cheiros, este mundo espesso e quente, um mundo de imagens orgânicas» (Herberto Helder, Servidões, p. 10) em que nos deixamos afundar. A peste no mundo aqui, a certeza disso.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário