em primeiro a casa depois o sangue veio
explodindo nas veias as arestas das unhas
acidificaram-se na cor tártara da vida e tu
desceste ao limite à margem direita do rio
onde os túneis eram o corpo labirinto oco
de vielas torcicoladas ruas fantasmáticas
rugas nos dedos fundos dentro dos abrigos
camuflados nos músculos os subterrâneos
afundavam na carne encostavam aos ossos
e os animais dessedentavam-se no coração
no armazém da casa na fundura das costelas
uma fenda as formigas correm no dorso das
palavras rompendo na noite no brilho cavo
da grande artéria na praça do teu peito certo.
2011-01-25
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