“Um dia o Rego presenteou-me com a Eva ou Ave, o primeiro livro
que descerrou ao meu espírito os largos horizontes do saber e da ma-
dureza humana.” (Aquilino Ribeiro, Um Escritor Confessa-se)
0. Este ensaio exalça dois estruturados escritores da nossa literatura e assinala o encontro produtivo de dois autores distanciados no tempo. Em duas janelas aberta, esta incisão comparativa prova que não há longe nem distância para energias escavativas assim tão afins, romanticamente entranhadas no rito da erudição contra a rudeza larvar e improdutiva.
1. “A tudo se estende e nada lhe repugna”, eis a feliz divisa que Hernâni Cidade encontrou, com o pretexto da obra de juventude Flores de España, Excelências de Portugal (1631), para António de Sousa de Macedo. Nesse dito me abismo, alargando-o como estímulo para toda uma multímoda obra singular, que deriva também do seu modo teorético.
Quando António Franco Alexandre, no seu recente Aracne (2004), alude, por via do sábio coração de um aranhiço, à necessidade de um cânone só seu, isto é, de uma singularidade expressiva, esquecia talvez, em gesta poética que só pode ser esquecimento, que esse é o desejo de cada escrevente. Dispersas, as palavras despegam-se da memória. E, como desde há muito se sabe ( pelo menos desde o tempo de Teuth e de Tamo), a escrita é o ramo do conhecimento que é também remédio da sabedoria e da recordação.
Posto isto, entendo que todo o texto referencial e referenciável, de quaisquer épocas, deva ser exposto à luz e à dinâmica do sentido. Acredito ainda que os mais felizes achados filológicos derivam do grato vício do escanhoamento paratextual, que permite, no sentido de Schleiermacher, a movimentação do leitor-investigador até junto do autor e o do texto original. Já aí, resplendente, o texto mostra-se e faz esquecer, deve obrigatoriamente fazer esquecer toda a acumulação de comentários e de ruídos em volta. Com o ruído em volta, deve o leitor tomar o texto, por ele ser tomado, e esquecer e ouvir o dizer originário, pois ele é memória contra o esquecimento.
Uma bem sucedida perquirição alfarrabística possibilitou há anos, já sob a influência dos reparos aquilinianos, que até mim viesse uma obra de António de Sousa de Macedo, de título Eva, E Ave, ou Maria Triunfante. Theatro da Erudiçam, e Filosofia Christã, saída dos prelos de António Pedrozo Galram, em 1734. Foi esse o início do caminho regressivo: havia que chegar a 1676 e aos textos em vida do Autor, para assim descobrir, na contemplação intraorganísmica, as rugas e fendas de um corpo textual privilegiado, cruzado por luzes e sombras, por “labirintos e fascínios” que só um exemplar da densidade epocal poderia transmitir. Aí está, pois, uma razão indiscutível para que me aproximasse da superfície deste texto, ferindo-o e esfolando-o. Manipular o curso desta fonte cultural é um indeclinável prazer a que Aquilino Ribeiro não soube resistir.
Baralhe-se agora o prazer com a asserção, de novo de Hernâni Cidade, segundo a qual a curiosidade de António de Sousa de Macedo é de “voracidade pantagruélica” e alimentada por “erudição sôfrega”. Dito isto, direi que a obra que trabalho é um texto sem possibilidade de negação e verdadeiramente positivo. Como, aliás, acontece com o autor António de Sousa de Macedo (1606-1682), que é, em conjunto com uns tantos que não vale a pena citar, um dos actores maiores de outro século de ouro da cultura portuguesa. Existem diversos testemunhos que permitem afirmar que António de Sousa de Macedo, para além de político e diplomata, era um escritor e intelectual reputado, com parcimoniosa recepção literária e generalizada admiração epocal. Tal estado de graça é comprovado com os actos judicativos que, em diferente tom, se verteram em variadas publicações de então.
Fr. Nuno da Rocha, na censura à segunda edição da Armonia Política (1737), alude ao equilíbrio da construção textual de António de Sousa de Macedo, que permite classificar de harmónica toda a sua obra. D. Francisco Manuel de Melo, nas Obras Métricas, apresenta o nosso Autor como um homem justo e modesto, com valimento superlativo nas Artes Políticas. Ainda então, o celebérrimo Fr. Francisco de Santo Agostinho de Macedo elogia-lhe o carácter de escritor. Mais tarde, um Alexandre Herculano, no século XIX, refere-se a António de Sousa de Macedo como um grande escritor, salientando-lhe ainda a habilidade política. José Simões Dias, estruturado historiador da nossa literatura, acentua a polivalência e o esclarecimento de António de Sousa de Macedo.
Relativamente a Eva, e Ave, que os aquilianistas conhecem do calor da leitura, destaco o depoimento de um insuspeito Aquilino Ribeiro, que, referindo-se à valia da obra de Macedo, diz ter sido ela a primeira obra a descerrar no seu espírito “os largos horizontes do saber e da madureza humana.” Tal pregnância cultural, que é um modo que percorre toda a criação macedina, encontramo-la expressa desde o início do curso intelectual do escritor seiscentista.
Eva, e Ave é, de facto, um caso invulgar de memória cultural no e do Seiscentismo português. Quando Frei João de Deus expende, na primeira edição de Eva, e Ave (1676), aquele acto judicativo sobre o domínio que o autor revela no conhecimento das lições dos Santos Padres e Doutores, sabia já que essas palavras seriam as primeiras que convalidariam, no particular, o admirável carácter poliédrico do saber de António de Sousa de Macedo. Tal magnanimidade cultural é corroborada coevamente pelo Doutor Frei João da Silveira, que exalça, com indenegável seriedade, a abrangência da estrutura intelectual do escritor. Ferreira Deusdado virá a afirmar que esta obra mística de Macedo “dá ao autor o direito de ser considerado escritor clássico da nossa língua.” Não espanta, por isso, que a obra venha a ser vertida em castelhano (Madrid, 1731), por Diogo Soarez de Figueiroa, e reeditada por acção de Miguel Tornel y Olmos (Múrcia, 1882).
Eva, e Ave é, sem dúvida, uma fonte privilegiada para um qualquer Tesouro da Língua Portuguesa e a recente edição do texto, superiormente prefaciada por Pinharanda Gomes para a Alcalá, só o afirma categoricamente. De facto, o repositório lexical nele plasmado, com dilatado espaço de leitura (e lembro que houve, no nosso país, edições em 1676 (2), 1700, 1711, 1716, 1720, 1734, 1766), foi um lugar amplamente frequentado e repercutido por privilegiados falantes, que terão, também por essa via, modelizado o discurso colectivo. A obra em apreço, original e lexicalmente rica, mostra a amplíssima “enciclopédia de referência”, que abrange um vasto universo do saber possível de então. Acresce ainda, com acuidade indiscutível, que a obra revela sempre um escritor dotado de elevada competência linguística e metalinguística, bem como de uma consistente competência cultural, apoiada sempre por específica e, por vezes, copiosa bibliografia. Avulta também que os exemplares observados, de edições diversas, reflectem traços de manuseio, alguns mesmo com anotações de diferentes épocas – eis, pois, outro claro sinal da influência de Eva, e Ave na modelização do discurso colectivo. Releia-se agora o parágrafo, relembre-se a imponência multímoda da obra de Aquilino Ribeiro e conclua-se da afinidade entre os dois escritores.
O corpus textual em análise, que contém mais de trinta mil formas e mais de duzentas e sessenta mil ocorrências, permite algumas breves conclusões, que passam por Eva, e Ave ser:
a) um indenegável “teatro da erudição”;
b) um privilegiado objecto cultural conformador da língua portuguesa;
c) um relevante espaço de fixação de uma sociedade dramática e gesticulante, de acordo com o diagnóstico de Maravall ao tempo barroco (veja-se, em Macedo, a abundante utilização do advérbio ‘não’ ou de palavras ligadas aos temas da fortuna ou da mudança);
d) um exemplificativo caso de como a pragmática do tempo agia sobre o escritor e promovia o fim moral da literatura (basta olhar para o índice de frequências);
e) um caso ecdótico complexo, não tanto pela ilegibilidade textual ou abundância de variantes (os problemas têm que ver com saltos, saltos de palavras ou manchas e algumas correcções), mas mais pelos problemas de colação que um texto em fólio deste tamanho sempre comporta, tanto mais que as notas são inúmeras e quase sempre bem informadas;
f) por último, e sem exaustão, é Eva, e Ave uma obra que, depois da morte do autor, veio a ser publicada, a partir de 1716, em conjunto com o Domínio sobre a Fortuna, e Tribunal da resão, passando a “Peroração” para o final dos dois títulos – tal facto, da responsabilidade, penso, do editor Paschoal da Silva, levanta um problema de acrescentamento que talvez colida com o desejo do Autor. E assim, é importante tentar saber se nalgum documento essa fusão fora prevista por António de Sousa de Macedo ou se se trata, como parece, de acto clandestino não coonestado por vontade autoral.
Em suma, como o diria um Klaas Huizing (O Bebedor de Livros), influenciado por Derrida, a “ciência só ganhou em continuidade e constância com o apogeu da arte da leitura correcta, isto é, da filologia.” Aceito, também, confiadamente essa “verdade”. Parecerá pouco o que convosco aqui partilhei. Friso: Eva, e Ave de António de Sousa de Macedo é uma obra frequentada e repercutida por falantes privilegiados, cuja riqueza lexical deriva também da enciclopédia de saber que comporta, não espantando por isso a sua ampla difusão e as edições frequentes durante um século. Lida e vivenciada por um vasto público, Eva, e Ave é ainda o espelho da mentalidade seiscentista e das suas particularidades inibidoras e arrebatadoras.
Sem pressa, alguma da informação fornecida por Ana Haterly em Biblos tem vindo a ser alargada e complementada. Por dentro, é bom que em breve comece a falar o miolo do texto. Até lá, concluo dizendo: “A filologia é essa venerável arte que em primeiro lugar reclama do seu adorador que a acompanhe, que dê tempo ao tempo, que esteja tranquilo, que seja vagaroso – como uma ourivesaria da palavra, de onde tem de sair o trabalho mais puro e cuidadoso, mas de onde não sai nada que não seja feito devagar. Ela própria não o acaba nunca; ensina a ler: ou seja, devagar, profundamente, cuidadosamente, com outros pensamentos, portas que se deixam abertas, dedos suaves e olhos amorosos. Filólogo é aquele que ensina a ler devagar.”
Aquilino viu em Macedo um grande refúgio e uma indelével central energética.
Bibliografia activa
Obra Impressa: Solemnia Parnasi Philippo IV. Hispaniarum Regi pro recuperata salute soteria, Madrid, 1624; Flores de España, Excelencias de Portugal: en que brevemente se trata lo mejor de sus historias, y de todas las del mundo, desde su principio hasta nuestros tiempos, y se descubren muchas cosas nuevas de provecho, y curiosidad: primera parte..., En Lisboa: impressas por Jorge Rodriguez, 1631 [2ª ed.: Coimbra, por Antonio Simoens Ferreira, 1737, com a Armonia Politica]; Ulyssippo. Poema heroico, Em Lisboa, por Antonio Alvarez, 1640 [2ª ed.: Lisboa, Typographia Rollandiana, 1848]; Carta que escrivio a un señor de la corte de Inglaterra escrivió el Doctor Antonio de Sousa de Macedo sobre el manifiesto, que por parte del Rey de Castilla publicó su chronista D. Joseph Pellizer, Em Eisboa, na officina de Lourenço de Anveres: a custa de Lourenço de Queirò, 1641 [2ª ed.: Lisboa, por Antonio Alvares,1641]; Juan Caramuel Lobkovvitz, religioso de la orden de Cister, Abad de Melrosa, etc. Convencido en su libro intitulado, Philippus Prudens Caroli V. Imperatoris filius Lusitaniae legitimus Rex demonstratus, impresso en el ano de 1639, y en su repuesta al manifiesto del Reyno de Portugal impresso neste ano de 1642... por el Dotor Antonio de Sousa de Macedo, En Londres, impr. por Ric. Herne, 1642; Publico sentimento da injustiça de Alemanha a El-rei de Hungria, Lisboa, 1642 (Londres, 1644); Sanctissimo Domino nostro Papa Urbano VIII in Ecclesia Dei Praesidi Planctus Catholicus juris gentium pro Legatione Serenissimi, ac potentissimi Principis Joannis IV. Regis Lusitaniae contra Castellanorum calumnias [Doctor Antonius de Sousa de Macedo], Londini, ex officinâ Guillielmi Bristoliae, 1643; Genealogia regum Lusitaniae: Serenissimo Principi Theodosio principi lusitaniae, & C.: Serenissimi ac potentissimi Regis Ioannis IV, primogenito. D./ per Antonium de Sousa de Macedo, Londini, ex officina Richardi Hearn, 1643; Perfectus doctor, in quacumque scientia maxime in jure Canonico et Civili Summorum Auctorum circinis, lineis, coloribus, et penicillis figuratus per Antonium de Sousa de Macedo, Londini: ex officina Richardi Hearn, 1643; Antonii de Sousa de Macedo… Repetitiones ad Leg. Corrupt. penult. Cod. de usu fructu, & habitatione. Et ad Leg. Centurio 15. ff. de vulgari e& pupillari Substitutione, Londini, ex officinâ Richardi Hernei, 1643 ; Caramuel ridiculus Caramueli convicto / per Petrum Garciam...- [Londini ?: s.n.], 1643; Publico sentimento da injustiça de Alemanha a El-rei de Hungria, Londres, 1644; Lusitania liberata ab injusto Castellanorum dominio, Restituta Legitimo Principi Serenissimo Joanni IV. Lusitaniae Algarbiorum, Africae, Arabiae, Persiae, Indiae, Brasiliae, etc.. Regi potentissimo, Summo Pontifici, Imperio, Regibus, Rebuspublicis, Caeterisque Orbis Christiani Principibus Demonstrata per D. Antonium de Sousa de Macedo... Opus., Londini, in officinâ Richardi Heron, 1645; Caramuel ridiculus Caramueli convicto, Londres, 1645 (sob pseudónimo: Pedro Garcia); Panegyrico sobre o milagroso sucesso, com que Deos livrou a el Rey nosso senhor, da sacrilega treição dos castelhanos... / por Antonio de Sousa de Macedo.- Em Lisboa: por Paulo Craesbeeck, 1647; Soneto e Decima com titulo de Epitafio a D. Maria de Attayde nas Memorias Funebres de D. Maria de Attayde, Lisboa, Oficina Craesbeeckiana, 1650; Discurso e Pratica que fez aos Estados Geraes das Provincias unidas estando todos juntos em Cortes por morte do Principe de Orange sobre a Paz com Portugal por cuja negociação era Embaxador a 6 de Maio de 1651, Haia, 1651; Armonia política dos documentos divinos com as conveniencias d'Estado: exemplar de principes no governo dos gloriosissimos reys de Portugal ao serenissimo principe Dom Theodosio / por Antonio de Sousa de Macedo.- Na Haga do Conde: na officina de Samuel Broun impressor ingrez, 1651 [2ª ed.: Coimbra, por Antonio Simoens, 1737, com as Flores de Espanha]; Discours, fait par Monsieur de Sousa de Macedo... prez Messieurs les Estats Generaux, dans leur Assembleé Generale le 6. Mars 1651. Traduit du latin en françois.- [S.l.: s.n.], 1651; Propositions presentées par Monsieur De Souza de Macedo... lesquelles Messieurs les Estats n'ont pas voulu recevoir, n'y mesme lire.- Imprimé a Leyden: [s.n.], 1651; Propositions cathegoriques, et derniere resolution, de Monsieur De Sousa de Macedo... touchant les differens du Bresil.- [S.l.: s.n.], 1651; Reposta [sic] a huma pessoa que pedia se escrevese a vida do santo Principe D. Theodosio, Em Lisboa, na Oficina Craesbeeckiana, 1653 (sem o seu nome); Falla que fez o Doutor Antonio de Sousa de Macedo... no Juramento de Rey do muito alto, e muito poderoso Dom Affonso VI, nosso senhor. Em quarta feira 15. de Novembro 1656, Em Lisboa: na Officina Craesbeeckiana, 1656 [2ª ed.: Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira, 1658]; Razon de la guerra entre Portugal y las Provincias Unidas de los Paizes Baxos, con las noticias de la causa de que ha procedido. Translacion del papel que en lengua portugueza se imprimiô en Lisboa este año de 1657.- [S. l.: s.n., 1657?]; Razam da guerra entre Portugal e as Provincias Unidas dos Paizes Baxos, com as noticias da causa de que procedeo, Em Lisboa: empresso por João Alvarez de Leão, 1657 (sem o seu nome). [S. l.: s.n., 1657?]. Impr. eventualmente em Lisboa (capital inicial semelhante à impr. orig. de Lisboa por João Alvarez de Leão, 1657); Een schoon Harangue aen de konincklicke majesteyt Portugael Dom Alphonso den VI. op den Dagh van Syne Krooninge gepronunchieert: door den Heer Antonio De Souza Macedo... in den naem vande drie Staten des Portugaelschen Rijckx. Uyt't Porrugees [sic] vertaelt.- In s'Graven-Hage: by Christianus Calaminus, 1657; Falla que fez o Doutor Antonio de Sousa de Macedo... no Juramento de Rey do muito alto, e muito poderoso Dom Affonso VI, nosso senhor. Em quarta feira 15. de Novembro 1656, Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira, 1658; Decisiones Supremi Senatus Justitiae Lusitaniae, et Supremi Consilij Fisci, ac patrimonij Regis. Cum gravissimis Collegis decretae, ac in lucem editae. Per D. Antonium de Sousa de Macedo... Cum triplice indice, Ulissippone, ex praelo Henrici Valente de Oliveira, 1660 [2ª ed.: Lisboa, por João da Costa, 1677, com a obra Apologeticum juridicum pro Conceptione Immaculata Virginis in primo instanti; 3ª ed.: Lisboa, por Bernardo da Costa de Mello, 1699; 4ª ed.: Lisboa, por Bernardo da Costa Carvalho]; Relacion de las Fiestas que se hiezeran en Lisboa, con la nueva del Casamiento de la Serenissima Infanta de Portugal Dona Catalina (ya Reyna de la Gran Bretaña,) con el Serenissimo Rey dela gran Bretaña Carlos Segundo deste nombre. Y todo lo que sucedió hasta embarcase para Inglatierra, Lisboa, en la officina de Henrique Valente de Oliveira, 1662; Proposta, que sendo Secretario de Estado Antonio de Sousa de Macedo fez vocalmente por mandado de Sua Magestade à Junta dos Ecclesiasticos, Cathedraticos, e outras pessoas doutas, e Ministros dos Tribunaes no Convento de Saõ Francisco de Lisboa em 8 de Março à tarde de 1663, Lisboa, Of. Henrique Valente de Oliveira, 1663 (com edição em latim pelo mesmo impressor); Relação Summaria do que tinhaõ passado sobre a pertençaõ de se confirmarem por Sua Sactidade os Bispos de Portugal, e suas Conquistas, nomeadas por ElRey, Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira, 1663 (com edição em latim pelo mesmo impressor); Mercurio Portuguez, ou Relaçoens dos Sucessos militares entre Portugal, e Castella resumidos a cada mez desde o principio do ano de 1663 até ao fim do ano de 1666, Lisboa, Na Officina de Henrique Valente de Oliveira, 1663-1667. Manuscritos: Direcção politica ao bom governo com documentos Católicos; Exercitacion critica en las Rimas de los Lupercios (prosa e verso); Tractatus analythicus de seruitiis vassallorum remunerandis a Principe et actione pro eis competente[Manuscrito] / D. Antonij de Sousa de Macedo.- [16--]. Obra Impressa (cont.): Diversos Titulos de Familias do Reyno sendo a principal a dos Macedos donde descendia por varonia; Epitome Panegyrico dela vida admirable, y muerte gloriosa de Santa Rosa Maria Virgen Dominicana, En Lisboa, en la officina de Antonio Craesbeeck de Mello, 1670; Eva, e Ave ou Maria triumphante. Theatro da erudiçam, e da philosophia chrystam. Em que se representam os dous estados do mundo: cahido em Eva, e levantado em Ave... Escrevia Antonio de Sousa de Macedo. Primeira, e Segunda parte, Lisboa, na officina de Miguel Deslandes, 1676 [2ª ed.: Lisboa, por Antonio Craesbeeck de Mello, 1676; 3ª ed.: Lisboa: na officina de Miguel Deslandes: a custa de Antonio Leite Pereira, mercador de livros, 1700; 4ª ed.: Lisboa, Officina Deslandesiana, 1711; 5ª ed.: Lisboa, por Paschoal da Sylva, 1716; Lisboa Occidental, Na Officina de Antonio Pedrozo Galram, 1734; Decima impressam, à custa de Joseph Leite Pereira: Lisboa: na Officina de Francisco Borges de Sousa, 1766; Lisboa, Alcalá, 2006]; Eva, e Ave ou Maria triumphante. Theatro da erudiçam, e da philosophia chrystam. Em que se representam os dous estados do mundo: cahido em Eva, e levantado em Ave... Escrevia Antonio de Sousa de Macedo. Primeira, e Segunda parte. Impresso em Lisboa: á despesa de Antonio Craesbeeck de Mello, impressor da Casa Real, 1676; V. Cl. D. Antonii de Sousa de Macedo... Decisiones Supremi Senatus Justitiae Lusitaniae, & supremi Consilij Fisci, ac patrimonij Regij, cum gravissimis Collegis decretae: triplici indice locupletatae, editio secunda, Ulyssipone, typis, & sumptibus Joannis a Costa, 1677; Dominio sobre a fortuna, e tribunal da razaõ: em que se examinam as felicidades, & se beatifica a vida no patrocinio da Virgem mãy da graça, horoscopo da constellaçaõ melhor afortunada / escrivia Antonio de Sousa de Macedo &c. Lisboa: na officina de Miguel Deslandes: a custa de Antonio Leite Pereira, 1682 [2ª ed.: Lisboa, Paschoal da Silva, 1716, com Eva e Ave]; V. Cl. D. Antonii de Sousa de Macedo... Decisiones Supremi Senatus Justitiae Lusitaniae, & supremi Consilij Fisci, ac patrimonij Regij, cum gravissimis Collegis decretae, triplici indice locupletatae, editio tertia, Ulyssipone, typis Bernardi a Costa de Carvalho, 1699; Eva, e Ave, ou Maria Triumphante. Theatro da erudiçam, e da philosophia christã, Em que se representão os dous estados do mundo: cahido em Eva, e levantado em Ave. No patrocinio da Magestade Augustissima da Rainha dos Ceos. Escrevia Antonio de Sousa de Macedo. Primeira, e segunda parte.- Lisboa: na officina de Miguel Deslandes, Impressor de S. Magestade: a custa de Antonio Leite Pereira, Mercador de Livros, 1700; Eva, e Ave, ou Maria Triunphante: theatro da ervdicam & filosofia chistaa, em que se representäo os dous estados do mundo: cahido em Eva, e levantado em Ave, No patrocinio da Magestade Augustissima da Rainha dos Ceos / escrevia Antonio de Sousa de Macedo, primeyra, e segunda parte.- Lisboa: na Officina Real Deslandesiana, á custa de Carlos do Valle Carneyro, 1711; Eva, e Ave ou Maria Triunfante: Theatro da erudiçam & filosofia christãa, em que se representão os dous estados do mundo : cahido em Eva e levantado em Ave.- Lisboa: na officina de Pascoal da Sylva, 1716, com Dominio sobre a fortuna; Dominio sobre a fortuna, e tribunal da razaõ: em que se examinam as felicidades, & se beatifica a vida no patrocinio da Virgem mãy da graça, horoscopo da constellaçaõ melhor afortunada / escrivia Antonio de Sousa de Macedo &c, Lisboa, Paschoal da Silva, 1716, com Eva e Ave; Eva, e Ave ou Maria Triunfante. Theatro da Erudiçam & Filosofia Christãa, Em que se representão os dous estados do mundo : Cahido em Eva. E levantado em Ave. Primeyra, e segunda parte, offerecida ao Eminentissimo Senhor Nuno da Cunha de Attaide, Presbytero Cardeal da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Gèral, Capellaõ mòr de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, & do seu Despacho, &c. Escrevia Antonio de Sousa de Macedo acrescentado nesta quinta impressaõ com o dominio sobre a Fortuna, Lisboa Occidental: na Officina de Antonio Pedrozo Galram, 1720; Eva, y Ave, o, Maria triunfante: theatro de la erudicion, y philosofía christiana en que se representan los dos estados de el mundo : caido en Eva, y levantado en Ave: primera, y segunda parte / escribia Antonio de Sousa de Mazedo ponese tambien el tratado del Dominios sobre la fortuna, del mismo autor; traducela en lengua castellana el doctor don Diego Suarez de Figueroa, Madrid, en la imprenta de la Viuda de Francisco del Hierro, 1731 [2ª ed. castelh.: Murcia, Librería de Miguel Tornel y Olmos, 1882]; Decisiones Supremi Senatus Justitiae Lusitaniae, et Supremi Consilij Fisci, ac Patrimonij Regij, cum gravissimis collegis decretae, V. Cl. D. Antonij de Sousa de Macedo... triplici indice locupletatae, editio quarta, huic editioni accedunt additiones, quae singulas decisiones exornant, & augent / auctore D. Francisco Antonio Xaverio de Almeyda, Conimbricae, apud Ludovicum Seco Ferreyra: a custa de Luis Seco Ferreyra mercador de livros, 1734; Ave. Eva, e Ave ou Maria Triunfante. Theatro da Erudiçam & Filosofia Christãa, Em que se representão os dous estados do mundo : Cahido em Eva. E levantado em Ave. Primeyra, e segunda parte, offerecida ao Eminentissimo Senhor Nuno da Cunha de Attaide, Presbytero Cardeal da Santa Igreja de Roma, Bispo Inquisidor Gèral, Capellaõ mòr de S. Magestade, do seu Conselho de Estado, & do seu Despacho, &c. Escrevia Antonio de Sousa de Macedo acrescentado nesta quinta impressaõ com o dominio sobre a Fortuna, - Lisboa Occidental, Na Officina de Antonio Pedrozo Galram, A’ custa de Miguel de Almeyda de Vasconcellos, Livreyro das Tres Ordens Militares, 1734; Flores de España, Excelencias de Portugal. En que brevemente se trata lo mejor de sus historias, y de todas las del mundo, desde su principio hasta nuestros tiempos, y se descubren muchas cosas nuevas de provecho, y curiosidad: primera parte..., Coimbra, por Antonio Simoens Ferreira, 1737, com a Armonia Politica; Armonia política dos documentos divinos com as conveniencias d'Estado: exemplar de principes no governo dos gloriosissimos reys de Portugal ao serenissimo principe Dom Theodosio / por António de Sousa de Macedo.- Coimbra: Na Off. António Simoens Ferreyra, 1737; Eva, e Ave ou Maria Triunfante: Theatro da erudiçam & filosofia christãa, em que se representão os dous estados do mundo : cahido em Eva e levantado em Ave.- Decima impressam, à custa de Joseph Leite Pereira: Lisboa: na Officina de Francisco Borges de Sousa, 1766; Eva y Ave ó María Triunfante: Teatro de la erudicion y filosofía christiana, en que se representan los dos estados del mundo : caido em Eva y levantado en Ave, escrita en portugués por Antonio de Sousa de Macedo y traducida al castellano por el Dr. Diego Suarez de Figueroa.- Murcia: Librería de Miguel Tornel y Olmos, 1882; Duas cartas escritas de Inglaterra a el-rei D. Joäo IV / [por] António de Sousa de Macedo, publicadas por Edgar Prestage.- Lisboa: Academia das Sciencias de Lisboa, 1916; Flores de España Excelencias de Portugal, Lisboa, Alcalá, 2003. Edição Fac Símile. “IMPERITURA. ANTIQUORUM AUCTORUM OPERA SELECTA”- I. Prefácio de Pedro da Costa de Sousa de Macedo (Villa Franca); Eva e Ave ou Maria Triunfante. Teatro da Erudição e da Filosofia Cristã, Lisboa, Alcalá, 2006. Edição Fac Símile. “IMPERITURA. ANTIQUORUM AUCTORUM OPERA SELECTA”- XIV. Prefácio de J. Pinharanda Gomes.
ANTÓNIO DE SOUSA DE MACEDO (1606-1682)- Escritor e homem público nascido no Porto. Doutorado em Direito Civil pela Universidade de Coimbra. Desembargador da Casa da Suplicação, secretário da embaixada a Londres no tempo de D. João IV, embaixador na Holanda e secretário de Estado de D. Afonso VI. Faleceu em Lisboa.Eva, e Ave de António de Sousa de Macedo é uma obra frequentada e repercutida por falantes privilegiados, cuja riqueza lexical deriva também da enciclopédia de saber que comporta, não espantando por isso a sua ampla difusão e as edições frequentes durante um século. Lida e vivenciada por um vasto público, Eva, e Ave é ainda o espelho da mentalidade seiscentista e das suas particularidades inibidoras e arrebatadoras.
PRINCIPAL BIBLIOGRAFIA: Flores de España (1631), Ulyssipo (1640), Eva, e Ave (1676), Dominio sobre a Fortuna (1682).
2) Aquilino Ribeiro, de 13 de Setembro de 1885 até 27 de Maio de 1963, esteve para o mundo de maneira indómita no “tablado restrito” de liberdade que a cada homem cabe. Passam 50 anos anos sobre a publicação dessa obra-prima que é a sua (e, felizmente, nossa) A Casa Grande de Romarigães e muito haveria para dizer sobre a vida da Quinta do Amparo, caso um alarmado e nostálgico incipit não tolhesse o distraído leitor de funda, questionante e admonitória nota existencialista: afinal, “à triste planta humana é que nada a afasta da sua carreira para a morte.”
Deixando o enclave e medindo a carreira, nota-se no trajecto um desalheamento terenciano profundo e um gigantismo erudito, que Aquilino sempre repulsou, subsumível, por exemplo, à aposição inicial no romance supramencionado de não poder ver um farrapo impresso que não se lhe sobressaltasse a curiosidade.
Da Tabosa e do baptismo em Alhais vai uma década até à Soutosa, na Nave, e ao Colégio da Senhora da Lapa. Um lustro mais, e eis Aquilino, por 1900, no Colégio Roseira, em Lamego. Em formação, passa por Viseu e Beja, para voltar à Soutosa, um tanto desorientado e perscrutador, como se colhe, principalmente, no romance A Via Sinuosa. É neste período, precisamente em 9 de Abril de 1903, sob o pseudónimo A. Bias Agro, que Aquilino Ribeiro vê publicado em “O Cruzeiro do Sul” (Olhão), como primícias literárias, um texto intitulado “Para os Anjos”. Era o início de um longo e plurímodo caminho, com avanços e recuos depós um destino artístico, inicialmente afectado pela luta ideológica (e a sua entrada no romance, por 1906, com dois dos três capítulos de A Filha do Jardineiro, em coautoria com José Ferreira da Silva, é claro exemplo disso…), que só o novo regime virá a coonestar: pese o “fardo” regicida, que a entrevista de 1910 a A Capital, bem como uma notícia de 1913, no mesmo jornal, parecem corroborar (e lembrem-se ainda os passos “biografistas” e transfigurados de A Via Sinuosa (5ª edição, p. 257) como “-Ainda hás de deitar bombas! Tão certo!...” ou os inúmeros e até dolorosos passos de Lápides Partidas ), o Aquilino que mais importa é o que o monárquico Carlos Malheiro Dias prefaciará em 1913, ou seja, o dos contos de Jardim das Tormentas.
António de Sousa de Macedo, homem de uma cultura eruditíssima no Seiscentismo português e não só, foi um vulto que percutiu nos arcanos artísticos de Aquilino Ribeiro. Por exemplo, no romance A Via Sinuosa (1918), livro do vasto políptico autobiográfico aquiliniano, encontramos o célebre Libório, a “soletrar, de bruços sôbre a caruma fôfa, espêssa, a pedir dente de engaço, um capítulo do Doctor Perfectus do eruditíssimo Sousa.” (op. cit., p. 217) Trata-se do Perfectvs doctor, in qvacvngve scientia, maxime in Iure Canonico, & Civili summorum autorum circinis, lineis, coloribus, & penicillis figuratus (Amstelodami : Ex officina Guilielmi Jansenii, 1643) e o eruditíssimo Sousa é António de Sousa de Macedo. Aquilino, ainda no mesmo romance, citará mais duas vezes o tratado macedino e uma vez apodará Sousa de Macedo de “doutíssimo” (op. cit. , p. 235).
Do mesmo Macedo, e já no primeiro parágrafo indagámos da qualidade da obra, é aquela Eva ou Ave ou Maria Triunfante que aparece nas Arcas Encoiradas (1962, p. 237). Aí, referindo-se a Lamego, inscreve Aquilino um delicioso parágrafo, que citamos: “Na velha e leda cidade havia duas livrarias onde gastava os magros cobres que podia subtrair às extravagâncias: o Santos e o Azeredo, da Rua da Olaria. O Santos era um pobre homem que fez comigo um ajuste: encadernar-me todos os livros, fosse qual fosse o tamanho, cada um por 120 rs., seis vinténs! Há dias tive na mão a Eva ou Ave ou Maria Triunfante, que me tinha oferecido o velho carpinteiro da aldeia, Luís do Rego. Ficou o que se chama uma encadernação forte e feia. Posso com ela vedar um portelo, calçar um carro, fazer supedâneo para subir a uma estante, que não sofre dano.”
Mas não se fica por aqui o rasto macedino e da obra grafada na epígrafe deste ensaio. Também em Lápides Partidas (1945) aparece um trecho, já com Libório preso, que diz: “Ao quarto dia comecei a fiar dum bom caso a minha salvação, decidido a aproveitar-me dele contra ventos e marés. A aproveitar-me dele, como da fortuna diz a Eva e Ave ou Maria Triunfante: «agarra-se pelos cabelos ao passar, quando não foge com o primeiro valdevinos»”.
Finaliza-se agora este percurso depós a influência de Macedo na obra de Aquilino Ribeiro com o principal asserto comprovativo. Em Um Escritor Confessa-se (1974), importante e esclarecedor texto de memórias sobre si, Aquilino não hesita, a páginas 146, em esclarecer a dimensão e o influxo de Eva ou Ave. Trata-se de uma obra desveladora dos “largos horizontes do saber”: “Cheguei a casa mais morto que vivo e tão desfigurado da face que minha mãe à primeira não me reconheceu. Um dia o Rego presenteou-me com a Eva ou Ave, o primeiro livro que descerrou ao meu espírito os largos horizontes do saber e da madureza humana.” Eis, pois, desvelado o rosto (um de vários, por certo) de uma escrita funda e produtiva, de longe vindo, para a frente cavando.
Iluminado pelo teatro da erudição, Aquilino torna-nos, ao contacto, donos das “claves mágicas do mundo.” (Cinco Réis de Gente) Não há praticamente obra alguma do Mestre da Nava que não nos recubra do prazer bibliófilo e da notação paraliterária. Correndo as muitas páginas da bibliografia aquiliniana, cedo se nos plasmam os indícios do anagrama genético do Autor. Aquilino é um homem que se dá ao fenotexto claramente mostrando o genotexto. Ecoa em nós aquela tirada de Uma Luz ao Longe que admonitoriamente lembra que a gramática “é a muleta de todo o saber”. Não despicienda ainda é, no corpo da mesma obra, aquela conclusão (sábia de espanto) de Libório de que olhar a biblioteca de D. Nicéforo “era como contemplar certas das rodagens secretas em que girava o seu entendimento.”
Contemple-se agora Aquilino e entendam-se os lindes de uma obra maior esperando o “machado do mar gelado” (Kafka) de cada leitor interessado em contínua erudição e outros horizontes.
Bibliografia activa
A Filha do Jardineiro (1906, com José Ferreira da Silva); Jardim das Tormentas (1913); A Via Sinuosa (1918); Terras do Demo (1919); Filhas da Babilónia (1920); Valeroso Milagre (1921); A Traição (1921); Recreação Periódica (1922, tradução e prefácio de Amusement Périodique do Cavaleiro de Oliveira); O Cavaleiro de Oliveira (1922); Estrada de Santiago (1922); Anatole France (1922); Romance da Raposa (1924); Andam Faunos pelos Bosques (1926); O Homem que Matou o Diabo (1930); Batalha Sem Fim (1931); As Três Mulheres de Sansão (1932); Maria Benigna (1933); É a Guerra (1934); Alemanha Ensanguentada (1934); Quando ao Gavião Cai a Pena (1935); Arca de Noé, III Classe (1935); Aventura Maravilhosa de D. Sebastião, Rei de Portugal, depois da batalha com o Miramolim (1936), O Galante Século XVIII (1936); Anastácio da Cunha, o Lente Penitenciado (1936); S. Banaboião, Anacoreta e Mártir (1937); A Retirada dos Dez Mil (1938, trad. e pref.); Mónica (1939); Por Obra e Graça (1939); Em Prol de Aristóteles (1940, trad.); O Servo de Deus e a Casa Roubada (1940); Oeiras (1940); Brito Camacho (1942, com Ferreira de Mira); Os Avós dos nossos Avós (1943); Volfrâmio (1944); O Livro do Menino Deus (1945); Lápides Partidas (1945); Camões e o Frade na Ilha dos Amores (1946); Aldeia – Terra, Gente e Bichos (1946); Caminhos Errados (1947); Constantino de Bragança, VII Vizo-Rei da Índia (1947); O Arcanjo Negro (1947); Cinco Réis de Gente (1948); Uma Luz ao Longe (1948); Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais (1949); A ‘Editio Princeps’ de «Os Lusíadas» (1949), O Malhadinhas (1949); Luís de Camões, Fabuloso e Verdadeiro (1950); Portugueses das Sete Partidas (Viajantes, aventureiros, troca-tintas) (1951); Geografia Sentimental (História, paisagem, folclore) (1951); Leal da Câmara (1952); O Príncipe Perfeito (1952, trad. e introd.); Príncipes de Portugal (suas grandezas e misérias)(1953); Arcas Encoiradas (Estudos, opiniões, fantasias) (1953); Humildade Gloriosa (1954); O Homem da Nave (Serranos, caçadores e fauna vária) (1954); Abóboras no Telhado (Crónica e polémica); O Romance de Camilo (1955); Sonho duma Noite de Natal (1956); Soldado que foi à Guerra (1956); A Casa Grande de Romarigães (1957); D. Quixote de la Mancha (1957, trad. e est.); Novelas Exemplares (1958, trad. e est.); Quando os Lobos Uivam (1958); D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1959); No Cavalo de Pau de Sancho Pança (1960); De Meca a Freixo de Espada à Cinta (1960); O Livro de Marianinha (1962); Tombo no Inferno (1963); Um Escritor Confessa-se (1974).
Outra bibliografia activa
Existe um vasto conjunto de textos em publicações periódicas como: ABC, Acção, A Águia, Alma Nacional, Almanaque Bertrand, Anais das Bibliotecas e Arquivos, Atlântida, Beira Alta, Boletim da Casa Regional Beira-Douro, A Capital, Correio Beirão, O Cruzeiro do Sul, De Teatro, Democracia do Sul, O Diabo, O Diário, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, Diário Popular, Domingo, Europa, Eva, Fradique, O Gaiato, Gazeta Musical e de todas as Artes, Ha-Lapid, Homens Livres, Ilustração, Ilustração Portuguesa, Jornal de Letras e Artes, Jornal do Comércio, A Luta, Ocidente, A Pátria, República, Revista de Portugal, Seara Nova, O Século, Vértice, Viagem, Vida Contemporânea ou A Vitória. Os Cadernos Aquilinianos, em acção de elevado mérito, têm vindo a publicar cronologicamente boa parte destes textos disseminados pelo Autor ao longo de uma vida literária muito produtiva.
[Texto publicado nas Letras Aquilinianas, nº 2]
1 comentário:
www.horatardia.blogspot.com
beijo.
y.
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